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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tribunal de Justiça do AM guarda arsenal de armas

Armas apreendidas na capital estão guardadas em local secreto. Já as de comarcas do interior costumam ser roubadas


Presidente do TJAM, João Simões, disse que local de armazenagem das armas não é o ideal, mas que está cumprindo resolução do Conselho Nacional de Justiça
Presidente do TJAM, João Simões, disse que local de armazenagem das armas não é o ideal, mas que está cumprindo resolução do Conselho Nacional de Justiça
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) tem um verdadeiro arsenal estocado nos porões dos fóruns de todo o Estado. Só na capital são guardadas 1.923 armas de fogo, além de 4 mil munições. Esse número é superior à quantidade que a Polícia Civil tem atualmente, que é 1,5 mil armas de fogo. Todas as armas foram apreendidas e estão relacionadas a processos que, a qualquer momento, poderão voltar para as mãos dos bandidos se não estiverem bem guardadas.
Em um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto aos tribunais, descobriu-se a existência de 755 mil armas guardadas nos fóruns da Justiça em todo país. A estocagem dessas armas tem transformado as comarcas do interior, principalmente, em alvo de ladrões, já que a segurança desses locais é fraca. Isso acaba oferecendo uma certa facilidade para o acesso de qualquer pessoa ao local onde as armas são guardadas.
Por conta dos constantes roubos, o CNJ estabeleceu, por meio de resolução, que os tribunais de justiça de todo país têm 180 dias (a contar do dia 7 deste mês) para entregar todas as armas que guardam ao Comando do Exército Brasileiro, para que sejam destruídas e não retornarem às mãos dos bandidos.
Há mais de dois anos, uma média de 70 armas que ficavam guardadas nos armários das varas criminais sumiram do Fórum Henoch Reis. No mês passado, ladrões invadiram o prédio da Comarca de Coari e levaram grande quantidade de armas e drogas que estavam guardadas no local.
Acesso
O presidente do TJAM, João de Jesus Abdala Simões, confirma que, nos últimos anos, algumas comarcas foram alvo de roubos. “Não há informações de quantas armas já apreendidas pela polícia retornaram para as mãos dos bandidos.”
Simões disse que, atualmente, as armas que estão nos fóruns da capital encontram-se guardadas em lugar seguro. Ele mostrou com exclusividade a A CRÍTICA o local onde as armas estão armazenadas.
A sala é completamente fechada, e apenas um funcionário tem acesso ao local. Além de uma fechadura resistente, a porta que dá acesso às armas é lacrada quando o funcionário sai. As armas estão catalogadas com o número do processo correspondente, encaixotadas e dispostas em prateleiras. São armas de vários calibres, e a maioria está em bom estado de conservação.
Há, ainda, uma grande quantidade de armas de fogo antigas e enferrujadas, que estão guardadas em uma caixa aberta em um canto da sala. Na mesma sala estão guardadas, aproximadamente, 4 mil munições de vários calibres, 250 armas de brinquedo e 300 armas brancas, como facas e terçados - todos são objetos apreendidos e peças  processos.
Exército tem posse de armas
“O local para guardar as armas ainda não é o ideal, mas já foi dado o primeiro passo, que é colocá-las em um local seguro”, disse o presidente do TJAM, João Simões. “Embora essas armas estejam muito bem guardadas, nós já estamos cumprindo o que determina o CNJ. Entretanto, a liberação da arma é feita pelo juiz de cada processo”, completou.
No mês passado, 1.022 unidades de munições foram encaminhas ao Exército, e este mês foram mais 50 armas de fogo. E já há outro lote preparado para ser enviado. Simões não revela a data do envio - segundo ele, por motivos de segurança. Trezentas facas e terçados vão ser doados à Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) para serem utilizados na limpeza da cidade.
O que o presidente ainda não tem é o controle total sobre as armas das comarcas do interior, mas “já está sendo feito o levantamento do número de armas e a situação de cada uma delas para poder encaminhar ao Exército.”
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