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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Megaoperação prende oito membros do PCC

Uma megaoperação, envolvendo várias forças policiais da região, culminou na madrugada de ontem na prisão de oito membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), além da apreensão de drogas (incluindo lança-perfumes), um Fiat Palio e registros de contabilidade do tráfico. Batizado de “Operação Virada”, o trabalho envolveu a Polícia Civil de Campo Limpo Paulista (local da ação), o setor de inteligência da Seccional de Jundiaí, Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), o 4º e o 5º DP de Jundiaí e policiais de Louveira. O planejamento durou seis meses e foi bem sucedido. Outros acusados, porém, estão foragidos e seguem procurados pelas autoridades.

Todos os indiciados - por tráfico e associação ao tráfico - têm antecedentes criminais, com extensas fichas criminais (comércio de drogas, assalto, homicídio e receptação). Ao todo, 11 homens foram levados à Delegacia, mas três não foram indiciados. Os detidos são: Edmílson Luis Avelino dos Santos (vulgo “Duda” ou “Orelha”), 28 anos; José Aparecido Monteiro da Silva (“Cido” ou “Magrelo”), 27; Hormínio Viana Neto, 22; Flávio Batista da Silva (“Tecão”), 43; Fabrício Barbosa dos Santos, 19; Alberto Lourenço de Souza (“Jubileu”), 24; Givanildo dos Santos Ferreira (“Gil”), 25; e José Bruno Confessor de Oliveira, 24.

Detalhes da “Virada”

Só de Campo Limpo, participaram da “Operação Virada” nove homens. A ação começou às 5h de ontem, com 30 policiais civis, três delegados, 10 viaturas e o apoio do Canil da Guarda Municipal jundiaiense. O foco era a região do Parque Santana. Seis bandidos foram capturados com mandado de prisão temporária e quatro em flagrante (dois desses últimos eram procurados).

Tudo começou após a morte violenta do vigia de uma farmácia de Campo Limpo, no dia 27 de julho deste ano. As imagens do estabelecimento identificaram um dos autores do homicídio, cujo nome não foi revelado pela polícia, mas o apelido dele é “Disciplina”. O indivíduo lidera o PCC na cidade e tem como tarefa “manter a ordem” na organização. O acusado ainda chefia o tráfico de entorpecentes local.

Desde então, a Civil vem trabalhando para levantar dados dos integrantes do bando. “Uma de nossas maiores dificuldades foi ligar o apelido ao nome dos suspeitos. Fizemos tudo planejado e conseguimos, com autorização judicial, ouvir conversas telefônicas, que contribuíram para o avanço dos trabalhos”, disse o delegado titular de Campo Limpo, Marcel Fehr.

Tinha até lança-perfume

Na madrugada, a primeira parada foi numa casa, onde a polícia achou 84 ‘tubetes’ de cocaína, uma porção de maconha, um Fiat Palio (apreendido) e anotações da “contabilidade” do tráfico de entorpecentes da organização. Quase todas as prisões foram feitas ali. O passo seguinte foi outra residência do Parque Santana, na qual foi apreendido um galão de 2,5 litros de lança-perfume, e detido mais um elemento. Para terminar, uma terceira casa não teve detidos, mas a polícia encontrou três porções de cocaína.

Relembre o caso

Câmeras filmaram vigia morto em julho


O vigia de uma farmácia, Antônio Gecivaldo Bezerra, 42 anos, foi executado no dia 27 de julho, no bairro São José 1, em Campo Limpo. Dois homens encapuzados chegaram à drogaria e anunciaram o crime. Um deles portava uma arma carabina calibre 12 e o outro, um revólver calibre 38. Antônio foi atingido por cinco disparos. Segundo a polícia, ele era vigilante credenciado.

As câmeras do circuito interno de segurança da farmácia registraram toda a ação dos assassinos. A vítima e um outro homem estavam na porta do local quando os atiradores começaram os disparos. O vigia ainda correu para dentro da farmácia, mas foi perseguido e morto.

No momento do crime, por volta das 19h30, várias pessoas estavam no comércio, inclusive crianças. As imagens mostraram o desespero dos clientes e chocaram a região. Todos correram e se jogaram ao chão para não serem atingidos. A ação durou 23 segundos e, de acordo com a polícia, o vigia pode ter sido executado por ter denunciado crimes na região.

Fonte: Jornal de Itupeva
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