Uma operação de rotina da Polícia Militar, sobre checagem de placas de veículos estacionados nas proximidades de casas noturnas de Fortaleza, possibilitou a prisão do subinspetor da Guarda Municipal Otaviano Alves Carneiro, na noite da última sexta-feira, em um bar na avenida Dedé Brasil, no Itaperi, por posse de um veículo tomado de assalto na semana passada.
Ele foi autuado em flagrante no 5º Distrito (Parangaba) por posse de carro roubado. A partir de segunda-feira, a delegada titular Eliane Barbosa deverá ouvir o proprietário do veículo roubado e submeter o guarda municipal a reconhecimento. O subinspetor poderá ser indiciado por roubo ou receptação.
"É uma determinação do comando a abordagem direta de condutores de veículos em situação suspeita, como também a checagem de placas de carros estacionados, quando o policial notar algo incomum. Felizmente, conseguimos prender o guarda municipal com um veículo roubado e recuperar mais um carro de uma pessoa que teve o sem bem levado por meio de violência``, comentou o comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Jarbas Araújo.
De acordo com um policial que acompanhou a chegada do acusado na delegacia, Otaviano Alves teria afirmado que não sabia que o veículo era roubado e que o teria pego emprestado de um amigo.
Outra vez
Apesar de negar o crime,o subinspetor da Guarda Municipal de Fortaleza já responde na Justiça por um crime de furto de veículo, em 2002, e outro por receptação de carro roubado, em 2005. Desde 2001, Otaviano Alves também responde por crime de dano contra uma agência do Banco do Brasil. Os processos foram confirmados pela Polícia, como também provocaram o seu afastamento do trabalho nas ruas.
É o que assegura o comandante da Célula de Comando Operacional (Cecop), Márcio Roniele, que informou que desde o último crime o subinsfoi designado a um posto interno, enquanto aguarda a conclusão de um procedimento administrativo-disciplinar. O comandante também informou que a Guarda Municipal ainda não foi comunicada oficialmente da prisão do acusado.
EMAIS
- Caso seja reconhecido pela vítima como um dos homens que o assaltou, o subinspetor responderá por crime de roubo, artigo 157 do Código Penal Brasileiro (CPB), com pena de quatro a dez anos de reclusão. A pena ainda poderá ser acrescida em 1/3, por grave ameaça.
- Caso o subinspetor não seja reconhecido pela vítima, como um dos assaltantes, ele será indiciado por crime de receptação, artigo 180 do CPB, com pena de um a quatro anos de prisão. Se o produto tiver sido posto à venda, a pena pode chegar a oito anos de reclusão.
Fonte:.noolhar.com
