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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Londrina – Candidato ao concurso da Guarda Municipal morre após passar mal em teste físico

Ricardo Brasil Cândido teve uma espécie de mal súbito, foi encaminhado ao hospital e lá sofreu parada cardiorrespiratória e insuficiência renal.
Um candidato a uma vaga no concurso da Guarda Municipal de Londrina passou mal durante o teste físico, realizado no fim de semana, e acabou morrendo na madrugada desta segunda-feira (11). Ricardo Brasil Cândido, de 32 anos, teve uma espécie de mal súbito logo após participar do primeiro exercício da segunda fase de testes, uma corrida de resistência em 2,4 mil metros. O corpo foi encaminhado durante a manhã ao Instituto Médico Legal (IML).
O responsável pelo Instituto de Promoção de Capacitação e Desenvolvimento (Iprocade), que realizou o teste da Guarda, contou que Cândido chegou a completar a corrida de resistência. “Ele completou a prova em tempo hábil, terminou bem, mas depois sentou no chão e começou a reclamar de falta de ar. Rapidamente entrou em choque, então o colocamos no oxigênio”, disse. Além da corrida de resistência, a prova foi composta por um exercício de barra fixa e outro teste de explosão.
Telles afirmou que ainda não há uma causa específica sobre a morte do participante. “No momento da prova ele teve uma parada respiratória. Colocamos o oxigênio e levamos para a ambulância. Quando entrou no Samu, ele foi entubado e chegou bem ao hospital. No fim da tarde ele piorou e a gente não sabe o que ocorreu”, ressaltou o responsável pelo Iprocade. Cândido foi internado na Santa Casa por volta das 12 horas.
Segundo a assessoria do hospital, Cândido deu entrada com “fadiga muscular, paresia (uma espécie de paralisia das pernas) e perda súbita da consciência”. Cândido foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, mas apresentou um problema renal, com quadro de insuficiência respiratória, além de ter tido uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30. Neste caso, o corpo foi encaminhado ao IML, que fará exames para apontar a causa da morte.
O chefe do IML, Fernando Piccinin, disse que o corpo chegou ao IML de manhã, e até as 11 horas ainda não havia sido examinado. “Dependendo o resultado pode sair ainda nesta segunda-feira ou em 30 dias, se tivermos que fazer exames complementares”, explicou. No momento do incidente, houve suspeita de que o candidato pudesse ter usado alguma substância para melhorar o rendimento na prova. “É claro que surge essa suspeita. Conversei com o irmão dele, que estava na prova e é formado em educação física. Falaram que ele nunca havia utilizado nenhum tipo de anabolizante”, afirmou Telles. O laudo do IML poderá confirmar.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Londrina disse não ter responsabilidade sobre o incidente, já que não houve acidente em relação aos exercícios da prova. Telles, do Iprocade, informou que está tomando as providências para ver que tipo de assistência o instituto dará à família. “A gente está em choque, porque não é algo normal de ocorrer. Foge da normalidade. É algo inexplicável. O que ocorreu é o tipo de acidente que não é normal. A parada renal é estranha”, afirmou.
Atestado médico
Telles afirmou que Cândido apresentou atestado médico assinado pelo cardiologista clínico José Alberto da Silva. Segundo ele, o edital não especifica que tipo de exames o médico deve pedir para atestar a aptidão do candidato em realizar a prova. “Compete ao médico pedir qualquer exame”, afirmou. De acordo com Telles, o médico pode pedir eletrocardiograma ou outro exame, dependendo do paciente.
O médico que atestou Cândido, José Alberto Correia da Silva, confirmou que atendeu o paciente. “Do ponto de vista do coração, ele não tinha nada. Ele fez eletrocardiograma que não apontou nada”, afirmou. Como Cândido disse ao médico ser envolvido com atividades físicas, Silva perguntou sobre o suo de suplementos. “Se eu não me engano ele toca uma academia. Então eu perguntei se ele usava algum suplemente. Ele disse que não. Não cheguei a perguntar se usava esteroide”, disse.
Silva explicou que a utilização não somente de anabolizantes, mas também de suplementos, pode ocasionar problemas relacionados ao fígado e ao rim. “Dependendo do tipo de suplemento, pode ter [problemas]. O uso em dose alta ou prolongada pode sobrecarregar o fígado e o rim. É um fator de risco”, admitiu. Entretanto, ainda há outro possibilidade, menos comum. “Ele pode ter tido uma hepatite, que ás vezes se manifesta como uma gripe”, afirmou.
O médico ressaltou, no entanto, que tudo, por enquanto, é hipótese e deverá ser investigado pelo IML.
Ambulância
O auxiliar de enfermagem André Luis Bento, que deu os primeiros socorros quando Cândido passou mal, afirmou que um atendimento médico não faria diferença. “O caso dele tinha de ser uma intervenção médica intra-hospitalar”, disse. No local da prova, apenas uma ambulância básica, em que não há médico de plantão nem equipamentos manipulados pelo profissional, foi contratada.
O secretário de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci afirmou que a ambulância básica estava prevista em contrato. Ele não considerou necessária a presença do médico e negou falhas na organização da prova. Questionado sobre a obrigatoriedade de uma ambulância avançada em eventos de grande porte, prevista em lei municipal, Zanlorenci disse não ter havido aglomeração, já que “os candidatos foram divididos em grupos de 20”.
Gazeta do Povo
Equipe Fenatracoop
Fonte:sintracoop.com.br
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