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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

GMs são alvo de tiros

Houve tiroteio, tendo de um lado quatro policiais e de outro, cinco bandidos; é o segundo atentado na base do bairro


Indignação. Esse era o sentimento dos guardas municipais de Sorocaba após mais uma madrugada de ataques à base comunitária da corporação instalada no Jardim Nova Esperança. O incidente aconteceu por volta das 4h, quando dois GMs que faziam patrulha à pé, próximo à unidade, foram surpreendidos com um tiro em sua direção, provavelmente saído de uma espingarda calibre 12. A situação teve como consequência o início de um tiroteio, tendo de um lado quatro policiais e de outro cinco bandidos. Ninguém ficou ferido e nenhum dos agressores foi detido.

Essa não foi a primeira vez que uma base da GM - e a própria unidade do Nova Esperança - foi alvo de ataques. Em um ano, foram registradas pelos menos três ações de bandidos contra a Guarda Municipal. A primeira, no início de 2009, foi quando uma bomba caseira foi jogada na janela do prédio do Jardim Nova Esperança. Em fevereiro, no mesmo bairro, os policiais que faziam a guarda foram surpreendidos por dez tiros, disparados por ocupantes de uma motocicleta. Ninguém ficou ferido. Já o caso mais grave foi registrado em setembro último, quando a base móvel instalada no Conjunto Habitacional Sorocaba H - já desativada - foi atacada e quatro GMs ficaram feridos, dentre eles Tânia Marçal, que atingida na coluna ainda não recuperou o movimento das pernas. “O que vamos fazer? Esperar o próximo ataque?”, questionou o GM Charlles Celestino da Silva, presidente da Associação dos Guardas Municipais de Sorocaba (AGMS). “Insegurança pessoal não combina com segurança pública. Como podemos dar segurança para as pessoas se temos que estar preocupados em garantir nossa segurança pessoal?”, emendou ele, que defende uma ação integrada entre a GM e as polícias Civil e Militar para combater a violência nos bairros.

De acordo com Boletim de Ocorrência registrado no plantão da Zona Norte, os guardas municipais Alex Sandro Campos Dias, de 26 anos, e Régis Henrique Alonso Leite, de 31 anos, faziam patrulha, à pé, pelo Parque Pedro de Godoy, onde está instalada a base, e foram surpreendido por um disparo de arma de fogo, em sua direção, vindo de uma área escura - que está sem iluminação pública pois as lâmpadas são comumente quebradas por atos de vandalismo. Imediatamente os GMs solicitaram apoio aos outros guardas de plantão, Silvio de Camargo Pinto, de 38 anos, e Gérson Jorge, de 36 anos. Na tentativa de conter os bandidos, os guardas municipais também atiraram e foram revidados pelo agressor e cerca de outros cinco comparsas, dos quais pelo menos um também estava armado com o que parecia ser um calibre 38. A investigação de quem seriam as pessoas responsáveis pelo disparos estão a cargo do 8º Distrito Policial. De acordo com o comandante da corporação, Carlos Eduardo dos Reis Leal, a suspeita é de que o ataque teria sido feito por três presos que saíram durante o benefício do Natal e não retornaram à cadeia. Porém, não se sabe o motivo que levou à agressão.

Para Leal, não é possível comparar os ataques sofridos anteriormente pela GM ao incidente da madrugada de ontem. “Os GMs estavam em patrulhamento rotineiro, do lado de fora da base, e se depararam com um cidadão que efetuou o disparo. É uma situação anormal. A GM está cada dia mais presente na vida do cidadão, garantindo a segurança dele, se torna um obstáculo ao criminoso e este acaba agindo de forma violenta contra a GM. Isso, infelizmente, faz parte da nossa profissão”. O comandante argumentou que o ataque não foi, especificamente, à base física, mas aos policiais que faziam o patrulhamento. Segundo Leal, a orientação aos guardas municipais é para que, após as 22h, enquanto dois GMs ficam na base com apoio de um carro, outros dois percorram o bairro com outra viatura.


Ameaças


Na manhã de ontem a situação na base comunitária do Nova Esperança era tranquila. Os GMs de plantão, apesar de bastante incomodados com o fato de terem sido proibidos de falar com a imprensa, atuavam sem qualquer interferência. Entretanto, foi fácil ouvir, por parte de alguns moradores do bairro, declarações em tom ameaçador. “Tem mesmo que dar tiro nestes policiais”, falou um deles. Os próprios GMs registraram, no Boletim de Ocorrência, que a corporação vinha recebendo ameaças de que a base seria alvo de ataques.

A dona de casa Sandra Medeiros, de 34 anos, vive há mais de uma década no bairro, numa casa em frente à base comunitária. Ela diz que não ouviu os tiros na madrugada e, apesar da ameaça constante de confronto entre bandidos e GMs, sente-se mais segura com a presença dos guardas no local. “Apesar de tudo, essa base trouxe segurança para a gente. Se tirar, aí sim vai estar do jeito que os bandidos querem”.

Fonte:cruzeirodosul.inf.br
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