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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Estudante é detida por pichar placa eleitoral


Aos poucos, o espírito de contestação dos jovens sorocabanos volta às ruas. Primeiro foram protestar contra o mensalão (a reportagem foi publicada na edição de ontem) e agora fazem o que chamam de “manifestação contra o sistema político” ao picharem a propaganda eleitoral colocada em cavaletes em vias da zona norte.
A vítima da operação da Guarda Civil Municipal é a estudante de letras Marina Guilherme Casselli Moraes,  21 anos, detida às 20h40 de anteontem,  logo após pichar alguns cavaletes de propaganda de candidatos a vereador.
Com o rosto pintado de palhaço, um saco de pirulito, pincel e guache, a estudante escreveu “Vote Nulo” e ainda “Menos shoppings e mais cultura” nas placas da propaganda eleitoral. 
Para quem pensa que essa foi uma ação isolada, Mariana explica que “toda essa ação foi discutido dentro de um grupo de amigos do qual faço parte. Não é uma ação isolada minha”. Mais pessoas, portanto, vão continuar a fazer essa manifestação. 
Marina deixou claro que dentro do seu grupo o sentimento é de indignação com o modelo político que está em vigor.
Debate/ A estudante defendeu o que fez e afirmou que “é uma ação séria. Não é uma baderna. É uma mensagem que está sendo passada para a sociedade. É para chamar a atenção”. 
Marina afirma que a pichação das placas políticas tem “o objetivo de chamar os candidatos para o debate. É muita poluição visual e auditiva, mas não existe um debate com a população”, afirma a estudante.
Para ela “é preciso estabelecer de fato o que cada candidato quer. Não existem propostas, apenas propaganda”.
Ela explica porque escreveu a frase “Menos shoppings e mais cultura” numa das placas pichadas: “O espaço ao lado da terminal Santo Antônio, que já abrigou a Biblioteca Municipal, vai virar um shopping. Não houve uma discussão. A prefeitura poderia utilizar melhor aquele lugar, mas simplesmente entregou a um comércio a mais.”
Chamada de louca/ De acordo com o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) -  que  é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo - alguns cabos eleitorais dos candidatos chegaram a chamar a estudante de louca por ter pichado as placas. Mas pelo que consta tudo ficou apenas nas ofensas verbais.

Segundo Marina, “caso algum deles viesse me agredir, eu daria um pirulito a eles. Foi uma estratégia de paz”, comenta a estudante.

Nova ação/ Marina falou ao BOM DIA que vai continuar suas manifestações. “Mas vou fazer de outra forma, não sei como ainda, mas a ideia é seguir chamando a atenção”. A estudante ainda está em dúvida de como vai fazer isso. “Talvez por meio de panfletos”, disse.
A única coisa que a estudante não quer é de novo parar na delegacia, mas sim continuar com esse debate. “Os políticos e a sociedade precisam dialogar, não pode existir apenas a propaganda eleitoral nesse processo. É preciso mais”.
Pelo que o BOM DIA apurou, a manifestação de Marina foi de fato contra o sistema, afinal foram pichadas placas de candidatos e de aliados dos candidatos a prefeito do PT, PMDB, PSDB e PSOL
Fonte: rede Bom Dia
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