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sábado, 16 de outubro de 2010

GM fica com orçamento menor e sem hora extra

O orçamento da Prefeitura para 2011 aponta a redução das horas extras da Guarda Municipal, hoje com contingente aproximado de 370 guardas. O secretário da Segurança Comunitária, José Milton da Costa, afirma que com os decretos que reduzem as horas extras a todos os servidores, foi possível prever um orçamento menor na despesa de pessoal da Secretaria de Segurança Comunitária (Sesco), que também mantém o setor de fiscalização.

O presidente do Sindicato dos Servidores, Sérgio Ponciano de Oliveira, afirma que 70% dos funcionários da Sesco são guardas municipais e a redução nas extras também significa guardas por menos tempo nas ruas. Enquanto o próprio secretário Costa reconhece que o contingente é menor do que o indicado para o tamanho da cidade, o orçamento, que agora depende da aprovação dos vereadores, prevê a redução das horas extras.

Apesar do dissídio salarial previsto para janeiro, do projeto para a reestruturação da Guarda Municipal e da intenção de contratar mais homens no segundo semestre do próximo ano, a despesa de pessoal é projetada para diminuir em R$ 1,4 milhão (dos R$ 23,861 para 2010 para R$ 22,426 milhões em 2011). O temor da categoria é que a soma dos salários mais horas extras, que em alguns casos chegam a até R$ 3 mil mensais, fique no piso de R$ 1,2 mil.

Um guarda municipal de segunda classe que pediu para não ter o nome publicado por questões disciplinares declarou que não encontra aluguel em local seguro por menos de R$ 700 ou R$ 900. “Um colega que mora na periferia teve a casa saqueada por bandidos atrás da arma. Só não levaram porque policial tem que ir armado até para a Igreja”, afirmou. Alguns guardas dizem ter ficado surpreendidos com a redução no orçamento, justamente após a manifestação em dezembro do ano passado, quando exigiram melhores condições e foi prometida a reestruturação da GM.

“As horas extras, além de fazer parte do salário dos guardas, com elas a gente consegue dar mais atendimento para os munícipes”, disse o presidente em exercício da Associação dos Guardas Municipais de Sorocaba, Celso Ferraz de Oliveira. Oliveira considera uma conquista o fato do prefeito tê-los recebidos no ano passado e de uma comissão estar promovendo um plano de reestruturação da Guarda Municipal.

Com os atuais salários a disputa por horas extras é grande. Outro guarda consultado ontem disse que nas terças-feiras, quando são distribuídas as horas extras, há uma grande movimentação de guardas na sede da corporação. “Como o primeiro que chega escolhe o local que fará a hora extra, a concentração inicia a partir do meio-dia para definir a lista por volta das 17h”, informou outro que também pediu para que o nome não fosse publicado.

Entidades de classe querem reverter a situação

Tanto a Associação dos Guardas Municipais quanto o sindicato que representa a categoria e o vereador e guarda municipal, Geraldo Reis, querem reverter a atual situação de redução dos vencimentos dos guardas. Todos permanecem na expectativa da reestruturação da Guarda Municipal. O vereador Geraldo Reis trabalha na elaboração do projeto de reestruturação e reconhece que é contra o orçamento enviado pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB) para os vereadores, em relação as despesas de pessoal com a Secretaria de Segurança Comunitária. Afirmou que vai trabalhar para tentar fazer com que o orçamento seja remanejado para que haja mais investimentos na Secretaria de Segurança Comunitária.
A diretoria da Associação do Guardas Municipais informa que vai se reunir para discutir o assunto e decidir o que fazer, o que pode resultar em nova tentativa de reunião com o prefeito. Há rumores de que corre um abaixo-assinado entre os guardas solicitando uma reunião com o prefeito e que o texto deste documento fala sobre paralisação. A Associação nega a existência de tal documento.

Protesto

Cerca de 100 Guardas Municipais protestaram no aniversário de 22 anos da corporação, em dezembro do ano passado. Marcharam até o Paço Municipal para reivindicar melhorias nas condições de trabalho e reajuste no salário. Tais melhorias, segundo os guardas consultados ontem, não foram atendidas até hoje. Outro relatório com sugestões de mudanças para reestruturar o plano de cargos, carreiras e salários dos GMs foi apresentado em 2007.
Fonte:Jornal Cruzeiro do Sul
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