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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ex-policiais militares são presos acusados de roubo

Araçatuba - Dois ex-policiais militares de Araçatuba foram presos ontem acusados de participação em um assalto ocorrido em uma empresa de Penápolis. O crime, que rendeu R$ 50 mil aos acusados, aconteceu no início da manhã. As prisões ocorreram no final da tarde. Além dos dois ex-militares, foram presos dois vigias que trabalhavam na empresa. A polícia procura um quinto envolvido no roubo, que seria de Araçatuba.

O assalto aconteceu por volta das 8h30 na empresa localizada à rua Nagib Jorge, Parque Industrial de Penápolis. Dois homens chegaram juntos na sede da firma que atua no ramo de fabricação de caldeiras para usinas. Um deles disse que iria entregar um currículo, enquanto o outro falou que iria receber uma nota fiscal e foram autorizados a entrar na empresa. Eles foram até a janela da recepção e um dos acusados retirou uma pistola da cintura e anunciou o assalto. Nesse momento, os bandidos renderam o vigia Luciano Gilbert da Silva, 31, que foi agredido com coronhadas na cabeça e chutes na costela.Posteriormente, o funcionário também foi preso acusado de participação no esquema. A suposta vítima ficou caída no chão e até foi levada ao pronto-socorro. Eles pediram para que a secretária abrisse a porta da recepção. Ela atendeu ao pedido dos assaltantes e correu para a cozinha. Os criminosos chegaram até a gerência e encontraram a proprietária da empresa no local. Eles roubaram R$ 50 mil que seria destinado ao pagamento dos funcionários. Os acusados colocaram o dinheiro dentro de uma bolsa que estava com eles e fugiram a pé.

A polícia fez diligências atrás dos criminosos e conseguiu encontrar nas proximidades da empresa uma camiseta e o capacete de um dos envolvidos.

O celular do vigia que foi agredido no momento do roubo foi apreendido para averiguação. Por meio dele, a Polícia Civil descobriu a participação dos outros envolvidos. O centro de inteligência da Delegacia Seccional de Araçatuba passou a acompanhar o caso e descobriu ligação entre o vigia Gilbert da Silva e o ex-PM João Marcelo Melhado, 33 anos, que trabalha em Araçatuba como segurança particular para empresas.

No final da tarde de ontem, equipes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) cumpriram um mandado de busca na casa de Melhado, em Araçatuba. No local foram apreendidos cerca de R$ 8 mil em dinheiro e uma pistola calibre 380, municiada. Ele negou qualquer envolvimento no roubo ocorrido em Penápolis. Os policiais civis levaram o ex-PM até a delegacia de Penápolis, onde ele foi reconhecido como um homens que entraram na empresa. As vítimas também reconheceram a pistola encontrada na casa do acusado.

Na noite de ontem, policiais civis de Penápolis prenderam naquela cidade os outros três vigias da empresa acusados de envolvimento no roubo: Luciano Gilbert da Silva, Marcelo de Melo Gil, 29, e o policial militar reformado Paulo Sérgio de Oliveira, 48, que também é de Araçatuba.

Até o fechamento desta edição, à meia noite, a Polícia Civil tentava encontrar em Araçatuba o quinto envolvido no esquema. O nome do suspeito não foi divulgado para preservar o andamento das investigações. Os quatro presos ontem foram autuados em flagrante por roubo consumado. Além desse crime, eles deverão responder por formação de quadrilha. O policial militar reformado seria transferido durante a madrugada de hoje para o presídio Romão Gomes, em São Paulo, que abriga policiais e ex-policiais presos. Os outros três envolvidos estão na cadeia de Penápolis.

João Marcelo Melhado foi expulso da PM há cerca de dois anos. Ele trabalhava em Araçatuba e chegou a integrar a Força Tática. O ex-militar foi preso por porte ilegal de arma na região de Presidente Prudente ao fazer segurança particular para um empresário da cidade.
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