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segunda-feira, 23 de junho de 2014

A vaidade dos governantes prejudica o trabalho da polícia

A vaidade do governo do Estado prejudica o trabalho da polícia. A polícia não é do governo, é do Estado, é do povo. Ela não precisa de propaganda, a sua identidade é conhecida pelo trabalho que presta à comunidade. A preocupação do governo de mostrar o que têm obrigação de fazer, além dos gastos com propagandas, vêm interferindo e prejudicando a eficácia do trabalho da polícia. O cidadão não têm necessidade e nem interesse de saber como, quando e aonde a polícia vai atuar. A estratégia da polícia, na medida do possível, deve ser mantida em segredo, até para não avisar aos meliantes aonde vai atuar. A divulgação prévia de pesquisas e estatísticas, indicando as localidades mais violentas e com maior índice de criminalidade, discrimina os setores, apavora os habitantes e sinaliza para os criminosos se mudarem de região. A polícia é uma instituição permanente, a partidária, a serviço da população e subordinada ao governador do Estado, a quem cabe provê-la das condições necessárias ao cumprimento da missão.
O policial é um servidor público diferenciado dos demais. Ele pode substituir outros servidores públicos, mas a recíproca não é verdadeira. É também o único que não se recusa ao cumprimento da missão, ainda que seja com risco da própria vida. A sua missão, como todos sabem, nem sempre agrada as partes envolvidas, dificultando, sobremaneira, um bom índice nas pesquisas de opinião pública. Ainda bem que o policial não se preocupa com pesquisa, e sim com a eficiência do trabalho que executa. Mesmo a propaganda sendo a alma do negócio, a polícia não vai convencer a população com propaganda e nem com estatística. O povo é sábio, está bem informado e sabe perfeitamente quem trabalha e quem pensa que engana as pessoas. A verdade às vezes ofende e até causa prejuízo, mas têm que ser dita, sob pena de nunca se construir uma sociedade justa e humana. A violência e a criminalidade estão aí ceifando vidas e inquietando as famílias.
Goiânia, uma cidade sem miséria, sem favelas, de um povo trabalhador, vive o pior momento da sua história, com relação aos índices de violência e de criminalidade. E não é falta de ação da polícia. Essa está cumprindo fielmente a sua missão. A prova disso são as cadeias cheias de presos, mesmo ficando poucos dias nas cárceres. Milagre a polícia não sabe fazer. Obrigar os atores do sistema de segurança pública a cumprirem a sua parte, também não. Portanto, a polícia deve cumprir a sua missão da melhor forma, e, se possível, dormir com a consciência tranquila do dever cumprido. A polícia é uma instituição a política e não deve ser utilizada como trampolim político de ninguém. A sua história precisa ser preservada. A sua autonomia administrativa e operacional, também deve ser respeitada.
O governo, além das condições necessárias para o trabalho, deve ajudar muito a segurança pública, se empenhando junto ao congresso nacional para aprovação da PEC 300, que trata do interesse da segurança pública e de seus abnegados agentes. Deixe a polícia trabalhar, não faça uso dela para promoção pessoal ou de governo. Mantenha os policiais nas suas atividades fins, não os desvie de funções, os efetivos são pequenos e não há substitutos. Mantenha as estratégias e as operações policiais em segredo. Não submeta o policial ao constrangimento de ser fotografado e filmado, perfilado com os bandidos presos. Lembre-se, os meliantes não ficam presos, vão retornar às ruas e o policial não deve ter nenhum interesse de ser reconhecido por esses infratores da lei.
(Gercy Joaquim Camêlo - Cel QOPM RR)
Fonte: dm.com.br
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