Prezados Senhores . . . .
O Brasil vem, nos últimos anos, sofrendo os efeitos do aquecimento global. Este aquecimento tem como conseqüência uma maior evaporação das água de rios e lagoas, levando alguns municípios a situação de seca extrema e, por outro lado, maior condensação de água na atmosfera e maior volume pluviométrico das chuvas em outros locais.
Os anos de 2010 e início de 2011 foram marcados por tragédias causadas por chuvas torrenciais e repentinas, ocorridas nos estados de Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, onde cidades como Angra dos Reis, Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo totalizaram cerca de 1.500 mortos, milhares de feridos e desabrigados e milhões em prejuízos materiais e econômicos.
Ficou comprovado, nessas tragédias, que somente os efetivos da Defesa Civil não são suficientes para responder às necessidades de mão de obra especializada para aquelas situações onde a urgência na atuação, o efetivo e o conhecimento profissional são fatores importantíssimos quando se pode salvar ou perder uma vida em situação de risco. Mesmo com apoio do Ministério da Defesa e o emprego de efetivos das forças armadas, observou-se que os militares envolvidos restringiram suas ações às operações de apoio logístico, na desobstrução de estradas, na construção de pontes, na evacuação de feridos, no transporte de alimentos e medicamentos. Apesar de sua grande utilidade, os militares presentes, somados aos militares do Corpo de Bombeiros poderiam ter realizado muito mais se outras pessoas, com conhecimento necessário em busca e resgate, orientação e navegação terrestre, primeiros socorros, comunicações, etc., também estivessem envolvidas naquele trabalho de resgatar e salvar vidas.
Por entender que, em situações de calamidade, como as citadas acima, todo cidadão é socialmente responsável em ajudar, o Movimento Nacional pela Segurança nas Cidades - MNSC decidiu, em Assembléia Geral, criar o Grupamento de Resgate em Locais Perigosos – GRELP, um grupo de voluntários, treinados e especializados, para atuar em situações diversas, em condições de colaborar com a Defesa Civil, em casos de calamidades ou situações de emergência. Tal proposta encontra amparo, inclusive, na declaração do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que na última sexta-feira, 04 de fevereiro, anunciou a criação de uma equipe nacional de resgate, ligada ao Sistema Único de Saúde e composta, entre outros, de mais de 600 voluntários, para atuar em ações de emergência, como nos casos das chuvas na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro
Mas o GRELP não pretende atuar, apenas, nos locais de calamidades. Entende que é necessário se tornar agente multiplicador de conhecimentos sobre procedimentos básicos de segurança e sobrevivência em situações diversas tais como enchentes, desabamentos, incêndios, desastres automobilísticos, quedas, afogamentos, etc. Assim, em parceria com escolas, associação de moradores, empresas e condomínios o Grupamento ministrará palestras e treinamentos sobre Primeiros Socorros, Prevenção e Combate a Incêndios, Prevenção ao Uso de Drogas, Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis, Cidadania e outras atividades, contribuindo para que a sociedade civil tenha condições de enfrentar e superar situações de perigo iminente, surgidas no dia-a-dia de suas atividades.
O Grupamento será composto por voluntários, civis ou militares, de ambos os sexos, maiores de dezoito anos e que só poderão participar das atividades reais após realização de cursos e treinamentos básicos, nas áreas onde se fizerem necessários sua atuação. Os cursos obrigatórios serão: Curso Especial de Resgate em Locais Perigosos (CesRELP) módulos Selva, Montanha, Área Edificada, ou Meio Aquático; e curso de Emergência Pré-hospitalar Básica. Apesar de não ter o caráter militar, o Grupamento seguirá os princípios de hierarquia, disciplina e procedimentos, pautados nas experiências militares.
Assim, terá um Comandante, um Subcomandante, e chefes de pessoal, levantamentos, operações, instrução e material. Utilizará um uniforme padrão, pautado na cor marrom, descaracterizado dos utilizados pelas Forças Armadas ou Auxiliares. Sucintamente, será formado por grupos de até 08 indivíduos (de ambos os sexos), sendo 07 resgatadores e 01 médico, ou enfermeiro, sendo este último integrante do grupamento ou alocado de unidades de saúde Federal, do Estado ou do município.
Órgãos públicos, empresas e pessoas poderão contribuir para a estruturação do GRELP. Esta ajuda poderá ser oferecida, preferencialmente, com a doação de materiais e equipamentos, necessários à estruturação, treinamento e atuação dos grupos, uma vez que sendo uma entidade não governamental não possui patrocínio ou fontes de renda.
Maiores informações e contatos poderão ser feitos através do site do MNSC – www.segurancanascidades.com.br, pelo e-mail seguranca@segurancanascidades.com.br ou segurcidade.heleno@gmail.com ou pelos fones (21) 3331-9698 (a noite) ou (21) 8891-9698, com heleno.
