MARCHA AZUL MARINHO II

Primeiramente gostaria de parabenizar ao amigo Naval, pelo grande sucesso
da segunda edição da MARCHA AZUL MARINHO, que contou com a presença em massa de Guardas Municipais, que vieram de todos os cantos do Brasil, mobilizados no intuito de unir forças em prol de um ideal comum, que é a valorização, o reconhecimento e o respeito que merecemos e que não é favor algum, já que fazemos muito mais do que aqueles que se dizem detentores da “exclusividade constitucional” do poder de polícia ostensiva, mas não o fazem e ainda tentam nos impedir de fazê-lo. Nossa luta não pode parar, pois ainda temos muito que conquistar, a começar pela aprovação da PEC 534, que amplia os poderes das Guardas municipais, mas não as transforma em polícias municipais, ou seja, dá missão de polícia ( o poder nós já temos) dá status de polícia, porém não dá o nome de polícia. Outras categorias também estão pleiteando sua transformação em polícia, como por exemplo, os guardas portuários e os agentes penitenciários que, provavelmente, serão transformados em polícia, antes de nós.
Exemplo disso é que recentemente a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, aprovou o Projeto de Lei 5982/09, do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que estende o direto de portar arma de fogo fora de serviço a agentes e guardas prisionais, integrantes de escolta de presos e a guardas dos serviços portuários. Conforme a proposta, a permissão vale tanto para armas fornecidas pela corporação ou instituição da qual o agente faça parte quanto para as de propriedade particular. Conforme entendimento do relator, Deputado Francisco Tenório, os guardas portuários atuam na prevenção e na repressão de práticas criminosas, "o que justifica a concessão de porte a esta categoria também fora do serviço". Ainda segundo o relator, assim como os integrantes dos órgãos de segurança pública, os agentes e guardas prisionais estão em contato direto e constante com pessoas que já se mostraram perigosas, razão pelo qual nada mais justo e necessário autorizá-las a também portarem armas fora do serviço para a sua segurança pessoal",uma pessoa que exerce qualquer dessas funções não consegue afastar-se das conseqüências de sua atuação profissional depois do expediente.Será que nós não estamos nas mesmas condições desse profissionais? E porque temos que obedecer critérios para termos um porte de armas, tanto funcional quanto particular? Porque o porte de armas dos Guardas Municipais dependem de assinatura de convenio entre Prefeitura e Polícia Federal, já que em muitos município sequer se cogita a possibilidade de armar a guarda e sendo assim os Guardas têm cerceados seu direito de portar uma arma para sua defesa pessoal.
Tenho certeza que hoje, muitos Coronéis estão apreensivos, pois seus paus mandados, já entregaram seus relatórios dando conta dos discursos inflamados pedindo a retirada dos mesmos, já que a palavra de ordem foi, mais uma vez, FORA CORONÉL.
Essa é uma luta que não pode ser travada somente no calor da Marcha Azul Marinho, ela tem que ser diária, de todas as formas, seja velada ou ostensivamente, pois hoje em qualquer Guarda Municipal do Brasil temos pessoas qualificadas para assunção dos comandos de suas corporações. Precisamos no livrar desses tumores malignos, pois o câncer, se não for descoberto e retirado a tempo pode causar a morte e isso nós não podemos permitir, depois de tudo que já passamos para chegar até aqui.
O evento também é uma oportunidade de encontrar velhos amigos de caminhada e de se fazer novos amigos.