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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Preso escolta juíza, anda pelas ruas e atende telefone público no Ceará

 

Integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) têm encontrado situações alarmantes em cadeias de várias partes do Brasil.


Integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) têm encontrado situações alarmantes em cadeias de várias partes do Brasil. Um dos casos mais impressionantes foi flagrado num município do Ceará.
Presos vivendo em celas encharcadas. A situação levou o Conselho Nacional de Justiça a recomendar a interdição de duas unidades prisionais no Rio Grande do Norte.
No Amazonas, o mutirão carcerário do CNJ flagrou uma detenta que passou quase dois meses internada com 27 homens em um hospital de custódia de Manaus.
No Ceará, a superlotação da cadeia pública de Tauá foi definida por uma juíza como um 'castigo coletivo': 145 presos num espaço projetado para 30.
Mas, a situação considerada mais absurda foi a da cadeia pública de Independência, que tem apenas um agente penitenciário desarmado. Durante a visita, a juíza foi escoltada por presos.
"Eu tive que entrar no pavilhão e, se eu entrei no pavilhão com o agente, quem fechou a porta pelo lado de fora foi o preso. Quer dizer, eu fiquei sendo guardada pelo preso", apontou a juíza Maria de Fátima Alves da Silva.
Na saída, a juíza fotografou o preso trancando o pavilhão pelo lado de fora. A equipe de reportagem conseguiu flagrar o mesmo detento andando livremente pela rua. É ele quem atende o telefone público em frente à cadeia e admite que não fica preso com os outros.
Jornal Nacional: Você fica com eles também?
Preso: Eles ficam lá embaixo, né? Eu fico aqui mais em cima.

Tudo isso em um prédio precário e sem vigilância.
Durante o banho de sol, os presos ficam separados da rua apenas por um muro. Os vizinhos contam que, com frequência, são arremessados celulares e até drogas. E essa também não é uma barreira para quem quer fugir: cada marca no muro já foi um buraco por onde os presos fugiram.
“Aqui, constantemente posso dizer: há fuga de presos", declarou um morador da cidade.
"A cadeia aqui não oferece nenhum tipo de segurança. Está a Deus dará”, afirmou um outro morador.
A Secretaria de Justiça do Ceará declarou que o número de presos em Tauá foi reduzido desde a visita do CNJ. Em relação ao preso que vigia a cadeia em Independência, o órgão afirmou que ele está autorizado a trabalhar para reduzir a pena, mas esse trabalho deveria ser interno.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional
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