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terça-feira, 19 de maio de 2015

MP denuncia nove PMs suspeitos de envolvimento em 12 mortes no Cabula

Promotores do caso fizeram pedido de prisão preventiva dos policiais.

Denúncia foi oferecida na manhã desta segunda-feira (18), em Salvador. 

Do G1 BA
Região de Vila Moisés, no Cabula, que receberá reconstituição da ação policial (Foto: Imagens / TV Bahia)
Região de Vila Moisés, no Cabula, que receberá reconstituição da ação policial (Foto: Imagens / TV Bahia)
Nove policiais, suspeitos de envolvimento na ação que resultou em 12 mortes no bairro do Cabula, em Salvador, no dia 6 de fevereiro, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), na manhã desta segunda-feira (18). Os promotores de Justiça Davi Gallo, José Emmanoel Lemos, Cassio Marcelo de Melo e Ramires Tyrone, autores da denúncia, também fizeram pedido de prisão preventiva dos envolvidos.
Conforme o órgão, além dos homicídios, outras seis pessoas ficaram feridas durante a ação policial. Os PM's foram denunciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O Ministério Público convocou uma entrevista coletiva sobre o assunto, que será realizada na tarde desta segunda-feira.

Investigações
Um inquérito independente realizado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) concluiu que houve homicídios na ação policial realizada no bairro do Cabula. A apuração que rejeitou a versão da PM de que teria ocorrido auto de resistência foi concluída na sexta-feira (8).

De acordo com Davi Gallo, um dos quatro promotores designados pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fahel para atuar em conjunto no inquérito, os policiais militares das Rondas Especiais (Rondesp) envolvido nas mortes serão denunciados e responsabilizados criminalmente.

Conforme Gallo, a conclusão do MP sobre a ação da PM foi baseada na análise de perícias e em depoimentos de testemunhas. A investigação, que não se vincula à conduzida pela Polícia Civil, durou três meses. "O acervo probatório, a análise de todas essas provas em conjuto permitiu que chegássemos a essa conclusão", destacou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que somente irá se manifestar oficialmente sobre o episódio do Cabula quando o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) for concluído.
A investigação conduzida pelo DHPP, que já pediu duas vezes ao MP a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, deve ser finalizada até o dia 28 de maio. A polícia não descartou a possibilidade de ouvir mais pessoas e de solicitar novas perícias.
O caso também está sendo investigado em um Inquérito Policial Militar (IPM).
Os policiais envolvidos na ação no Cabula cumprem expediente operacional e passam por acompanhamento psicológico por equipe do Departamento de Promoção Social da PM, conforme a SSP-BA.

Ação
Segundo a polícia, o confronto foi iniciado após os policiais da Rondesp perceberem seis homens de mochilas, o que despertou desconfiança inicial, até que o grupo saiu correndo ao encontro de mais 30 homens, que teriam iniciado os disparos.

Além disso, a polícia diz ter apreendido com os suspeitos 12 armas de fogo calibre.38, 1 pistola calibre.40, outra pistola calibre .45, 1 espingarda calibre .12, dois coletes balísticos, além de 3 kg de maconha, 1,2 kg de cocaína, 300 gramas de crack, além de diversos uniformes camuflados parecidos com as roupas usadas no Exército.
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