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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PMs presos por morte de rapaz são indiciados por homicídio, diz estado

Os cinco policiais militares de Campinas (SP) que cumprem prisão temporária, suspeitos de participação na morte do adolescente Joab Gama das Neves, foram indiciados por homicídio doloso, quando há intenção de matar. A informação foi confirmada nesta terça-feira (18) pelo diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-2), Licurgo Nunes Costa, por meio da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Para o Ministério Público, o crime é o primeiro dasequência de 12 mortes ocorridas na cidade, entre elas duas chacinas, no mês de janeiro. A Polícia Civil investiga se esses policiais são responsáveis pelos outros homicídios, e a PM admite que eles podem ser expulsos da corporação após o término das investigações.
Viaturas da Corregedoria da Polícia Militar que transferiram os PMs suspeitos das chacinas em Campinas  (Foto: Reprodução EPTV)
Cinco PMs foram recolhidos ao Romão Gomes, em
SP, no mês de janeiro  (Foto: Reprodução EPTV)
Os suspeitos presos foram recolhidos pela Corregedoria ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, em 29 de janeiro. Além disso, segundo o promotor que acompanha o caso, Ricardo Silvares, outro policial militar foi indiciado, mas segue em liberdade. "Este caso [Neves] está adiantado, já os outros dependem de laudos e informações", afirmou o representante do MP nesta segunda-feira (17). Não há informações sobre a responsabilidade deste PM no assassinato. Cinco dos indiciados são do 47º batalhão, enquanto que o outro atuava na Central de Operações (Copom).
Investigações
Um dos delegados do caso afirmou ao G1, no dia 6, que a principal hipótese é a de que a série de homicídios tenha ocorrido por vingança à morte de um PM do 47º batalhão durante tentativa de roubo a um posto de combustíveis na região do Ouro Verde, onde ocorreram as chacinas.

Em nota, a assessoria da Polícia Militar disse que os suspeitos podem ser expulsos "caso seja provado em processo administrativo que os policiais cometeram atos desonrosos". Não há previsão de quando as apurações serão concluídas, de acordo com a PM.
As mortesMais depoimentos
Desde o início das investigações, 68 pessoas foram ouvidas, incluindo parentes de vítimas, PMs e comerciantes das áreas onde ocorreram os crimes, segundo a SSP.  De acordo com a Polícia Civil, os cinco policiais presos têm entre cinco e 15 anos de trabalho pela corporação, a maioria é casado e têm filhos. "É um perfil de qualquer pai de família, mas, pelos indícios que temos do caso Joab, cometeram esse desvio grave", explicou o delegado.

As mortes ocorreram entre a noite de 12 de janeiro e a madrugada do dia 13. A primeira foi às 22h30, no Nova América. Em seguida, às 23h20, quatro pessoas foram mortas na primeira chacina, no bairro Recanto do Sol, uma das vítimas era menor de idade. Dez minutos depois, mais uma morte, agora no Parque Universitário. Às 23h40, o grupo fez cinco vítimas em um único bairro, na segunda chacina da série, no Vida Nova. A última morte aconteceu, a 3,5 km dali, a 1h48 da madrugada no Jardim Vista Alegre.:
Fonte: G1
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