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sábado, 15 de fevereiro de 2014

A DR entre PSOL e Black Blocs

O quadro estava pintado desde junho. Com as manifestações cada vez mais violentas, a coisa não ia acabar bem. Agora tá lá um corpo estendido no chão. Foi preciso filmar um assassinato para comover aqueles que foram coniventes durante longos meses com a violência dos protestos. Parece até mentira, mas só agora os principais articuladores das manifestações perceberam que a coisa caminha pra um cenário ruim para todos.

Como já contamos em outras oportunidades, o PSOL, de fato, não possui relação direta com os black blocs e suas práticas violentas, mas também nunca fez questão de confrontá-los. Pelo contrário,muitos dos seus dirigentes enxergavam certo glamour revolucionário na revolta dos jovens mascarados. É aquela coisa de mãe de criança mimada: "não concordo com essa birra, mas sabe que até acho bonitinho? Não vou ficar repreendendo!"
Agora a coisa descambou de vez e o mundo assistiu um cinegrafista ser violentamente assassinado em praça pública. O PSOL, assustado com a repercussão, refletiu sobre a proximidade com o grupo ereviu sua posição. Grandes nomes do partido ensaiaram um mea culpa :
"Houve uma escalada da violência de todos os lados, do Estado e de parte dos manifestantes. Uma coisa é explosão de revolta e indignação. Outra coisa é quando a violência vira método. Isso trouxe enorme prejuízo para a democracia, afastou as massas e o debate ficou secundário. O PSOL e a esquerda em geral reagiram, no mínimo, de forma tímida" - Marcelo Freixo
"Existe uma garotada que era apartidária, depois entrou no PSOL, mas acha que a história das manifestações começou em junho passado. Houve certa leniência na aceitação da anarco-fragmentação como se fosse natural, e não é" - Milton Temer
Milton e Marcelo, vamos conversar?
Meus queridos, não estava evidente desde junho que a violência era justamente o único método dos black blocs? Não estava claro pra vocês que a militância do partido se aliou ao grupo nas ruas pra lutar contra o inimigo comum: o famoso tudo-o-que-está-aí? Só agora se deram conta de que o partido foi conivente com os atentados que se tem praticado contra a democracia? Bom, antes tarde do que nunca. Mas dizer agora que "o PSOL e a esquerda em geral reagiram de forma tímida" não é bem uma verdade. O esquerdista-ostentação e doutorando em Direitos Humanos, Raphael Tsavkko, um conhecido militante do PSOL (ele jura que não é, mas participa ativamente dos congressos do partido e o defende com veemência), não chegou a reagir de forma tímida, pelo contrário, incentivou o uso da violência. Em outubro, ele escreveu nervosamente em seu blog:
Ao invés de quebrar lixeira, tem que quebrar carro da PM, aliás, quebrar os PMs.
PM jogou bomba? Molotov pra cima dos bandidos. Tem que ter reação violenta na mesma medida.
Político bandido do PTMDB saiu pra defender brutalidade da PM? Cerca o cara e faz ele sentir na pele o que a PM faz com o povo. Vê se ele aprende.
PM sorrindo ao espancar o povo? Que no dia seguinte ele seja alvo de uma emboscada. O poder tem que ter MEDO do povo. Pois, no fim, o poder pertence (tem que pertencer) ao povo.
Estou incitando a violência? Sim. Estou. Violência política contra quem usa do Estado para nos violentar. Notem, violência enquanto autodefesa e resposta à brutalidade previamente recebida, historicamente recebida.
Essas ações justiceiras me parecem uma espécie de versão esquerdista dos Justiceiros do Flamengo, o grupinho de jovens terroristas (já confiraram o currículo dos moiçolos?) aclamado por Rachel Sheherazade. A ação direta foi completamente banalizada e parece ter virado coqueluche entre os brasileiros. Não está satisfeito com a omissão do Estado? Então bora sair do Face e distribuir porrada, bombas e rojões para todos os lados! Não quer testes científicos em beagles? Vamos invadir e destruir o laboratório de pesquisa! Não quer ver a Copa no Brasil? Bora incendiar a cidade e destruir o patrimônio público! E assim vai a marcha da insensatez.
Meses após incitar a violência, o incrível Raphinha Tsaskkos continuou disparando violentos tweets na cara da sociedade:
Além de demonstrar uma garra impressionante em seus tweets, o psolista não deixa pedra sobre pedra e decreta: a PM tentou assassinar o cinegrafista. Três dias depois, com a confirmação de que o rojão partiu dos manifestantes, nosso amigo mudou o tom e transformou a revolta em um comovente lamento contra a violência generalizada nas manifestações. O Torquemada virou Gandhi:
Ou seja, depois de incitar a violência, esse valoroso jovem, ao se ver pressionado pelos fatos, mudou o disco como se nada tivesse acontecido. Incrível como a paz subitamente invadiu o coração desse doutorando em Direitos Humanos.
Sabem aquela velha história do "não tenho preconceito contra negros, até tenho amigos que são"? Então, é verdade que os militantes psolistas não praticam violência nos protestos. Mas até têm amigos que praticam.
PS: Raphael Tsavkko atualmente reside na Europa, local de onde confortavelmente prega a violência nas manifestações brasileiras.
Fonte: Yahoo
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