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domingo, 6 de maio de 2012

Prefeito de Aracaju quer destruir a carreira de Guarda Municipal



O prefeito Edvaldo Nogueira dá mais uma demonstração do pouco apreço que tem pela Guarda Municipal. Como se não bastasse termos um Major de Policia na direção da nossa instituição, ferindo a lei, agora ele propõe um novo Regimento Disciplinar que destrói o nosso plano de carreira e militariza a instituição.
Comecemos pela violação do nosso plano de carreira.
O Regimento proposto pelo Prefeito feri de morte nossa lei. Na semana passada tivemos acesso ao tal projeto e ficamos estupefatos.  O atual Plano de Carreira define os critérios de promoção, descriminando que a carreira é formada de classes, hierarquizadas segundo o seu peso relativo, por ordem crescente de importância e de tempo de efetivo serviço. O dispositivo legal nos divide em seis classes que vão de GM 1(classe inicial) até GM 6 (inspetor ultima classe). O novo regimento,apresentado pelo Prefeito, destrói por completo a ordem de importância dos cargos elencados acima. Conforme ele, por exemplo, um servidor recém-ingresso na Guarda poderá ter precedência sobre um outro Guarda com mais tempo na instituição. Assim o Prefeito viola os princípios da promoção e progressão.
Por outro lado o projeto prevê a prestação de continência dos Guardas a seus superiores, até mesmo em horário de folga. Esse gesto, praticado pelos militares, não se aplica aos servidores civis do Brasil. Deste modo, por exemplo, policias federais, policiais rodoviários federais, policiais do senado e policiais civis não são obrigados a seguirem esses rituais militares.  Nem por isso, deixam de ser disciplinados,respeitadores da hierarquia. Na GMA há diversos servidores que embora tendo passado nos concursos da policia militar e da Guarda Municipal, optarão pela ultima, justamente por ela ser uma instituição civil, não militar.
A proposta do Prefeito para a GMA colide com o espírito do nosso tempo. Assim, há,em nível nacional, uma forte campanha movida por órgãos de Direitos Humanos,sociedade civil, e pelos próprios policiais visando a “desmilitarização” das polícias militares. O sistema disciplinar nelas vigente privam os servidores,dos níveis iniciais da carreira, de usufruírem diversos direitos constitucionais tais como liberdade de expressão, e usufruir do principio do contraditório quando em conflito com seus superiores hierárquicos.
A proposta do nosso Prefeito, além dos problemas acima elencados, não tem nenhuma utilidade do ponto de vista social. Perguntamos: O que a sociedade Aracajuana ganhará com a destruição do plano de carreira Guarda Municipal? Ou vendo esses servidores prestarem continência ao Prefeito, ao Secretário de Governo, ao Diretor da Guarda, e aos Chefes de Serviço?
O que explica então tal proposta maléfica? Seria o desejo do Prefeito de fazer da GMA mais um setor ocupado pelos seus indicados e nomeados? Seria a vaidade do administrador público obrigando servidores civis a saudá-lo com continências até mesmo em horário de folga? Se estas forem às razões, elas devem ser vistas com muita preocupação pela sociedade. Estaríamos diante da nostalgia do regime militar que perseguiu sindicalistas e servidores que lutaram por melhorias trabalhistas?
OSIGMA não ficará inerte frente a tal desproposito. Iremos combater a aprovação desse projeto nocivo à sociedade e aos Guardas Municipais. Nos mobilizaremos, e esperamos que os vereadores de Aracaju, não aprovem esse absurdo.
À luta companheiros!
Ney Lucio dos Santos - Presidente do Sindicato dos Guardas Municipais e Agentes de Transito de Aracaju
Aracaju 01 de maio de 2012
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