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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

BA: em meio a greve, dupla atira contra prefeitura e bancos


As forças federais de segurança seguem de prontidão em frente à Assembleia Legislativa, em Salvador. Foto: Elói Corrêa / Governo da Bahia/Divulgação As forças federais de segurança seguem de prontidão em frente à Assembleia Legislativa, em Salvador
Foto: Elói Corrêa / Governo da Bahia/Divulgação

Dois homens a bordo de uma moto abriram fogo na madrugada desta quarta-feira contra a prefeitura de Jacobina, a 352 km de Salvador (BA), além de disparar contra agências bancárias e uma galeria de lojas. Segundo o delegado regional do município, Élvio Brandão, a ação foi executada por volta de 1h, em meio à crise de segurança provocada pela greve dos policiais militares no Estado. Nada foi saqueado pela dupla, que usou pistolas no ataque. Um guarda municipal fazia a vigilância na prefeitura, mas não foi atingido pelos tiros.
A polícia civil abriu inquérito para investigar os crimes de tentativa de homicídio, dano e disparo em via pública. "Fizemos dois prováveis caminhos que os homens poderiam ter tomado e solicitamos a alguns comerciantes as filmagens das câmeras de segurança para tentar identificar os homens", afirmou o delegado. Ele disse que as cápsulas das balas foram recuperadas e vão passar por análise microcomparativa balística. "Entramos em contato com a guarda municipal para aumentar a vigilância nas agências bancárias e trouxemos policias civis de outras cidades para ficar de prontidão, dando apoio em caso de necessidade para a sede e os outros 20 municípios que fazem parte da 16ª Corpin", informou Elvio Brandão.
Já no município de Juazeiro, a 500 km de Salvador, três terminais de autoatendimento foram arrombados na agência do Banco do Brasil, no centro da cidade. "Os bandidos aproveitaram que a agência estava com tapumes protegendo as portas, devido a um 'carnaval' que terminou no último domingo, e, com a rua ainda interditada, eles ficaram à vontade para agir", disse o delegado titular de Juazeiro, Flávio Martins. A ação dos bandidos não foi registrada porque a agência não tem câmera de vigilância. O banco não divulgou os valores levados dos caixas.
O Exército continua nas ruas de Juazeiro para manter a segurança da população, com apoio de homens da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga, Guarda Municipal e Policia Civil.
Apesar disso, alguns segmentos estão tomando medidas para evitar possíveis ataques. As casas lotéricas estão fechando às 16h, uma hora mais cedo que o normal, assim como o comércio de rua, que está baixando as portas às 17h. Das 27 escolas particulares cadastradas pela Associação em Juazeiro, apenas duas deram início ao ano letivo.
No campus III da Uneb, as aulas e as matrículas foram suspensas. O Sesi cancelou as aulas noturnas dos cursos profissionalizantes e educação de adultos, mas as aulas nas escolas públicas estão acontecendo sem alterações. O comandante do batalhão Regional Norte da Polícia Militar em Juazeiro, tenente coronel João Pedro de Carvalho, orientou a população a ter cautela. "Ao se dirigirem ao banco, é bom evitar saques em grandes volumes. As pessoas devem andar sempre acompanhadas, evitando sair sozinhas", recomendou.
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em Salvador e região metropolitana. O número de homicídios dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado. A ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
Em todo o Estado, eventos e shows foram cancelados. A volta às aulas de estudantes de escolas públicas e particulares, que estava marcada para 6 de fevereiro, foi prejudicada. Apenas os alunos da rede pública estadual iniciaram o ano letivo.
Para reforçar a segurança, a Bahia solicitou o apoio do governo federal. Cerca de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. As tropas ocupam bairros da capital e monitoram portos e aeroportos.
Dois dias após a paralisação, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspenda o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos.
A categoria reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
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