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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Equipe da Guarda Sênior promove palestra sobre hepatite para seniores

Palestra sobre hepatite para os agentes seniores.

Equipe da Guarda Sênior, Programa social da Guarda Municipal de Macaé, proporcionou, nesta segunda-feira (9), palestra sobre hepatite para os cem agentes seniores. O encontro foi no auditório da Guarda Municipal de Macaé.

A apresentação da palestra sobre hepatite foi feita pela gerente do ESF do Morro de São Jorge, enfermeira Ivonete de Oliveira Silva e pela integrante do PET-Saúde a estudante de Medicina, Mariana Ribeiro de Abreu e Silva.


O PET-Saúde, instituído em 2008, tem como objetivo fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial no âmbito da Estratégia Saúde da Família, colaborando com a qualificação em serviço dos profissionais da saúde e também para a iniciação ao trabalho dos estudantes das graduações em saúde.


A coordenadora da Guarda Sênior, Elaine Chança agradeceu o apoio oferecido pela secretaria Especial de Saúde de Macaé aos idosos e falou sobre a importância da prevenção e do tratamento para todas as doenças.


- A hepatite é uma doença praticamente assintomática, que se manifesta por fadiga e um mal estar que podem ser confundidos com resfriado. No entanto, se não tratada, pode causar sérios danos à saúde. Todos precisam fazer o teste básico para detectar a doença. Bastam duas gotinhas de sangue tiradas do dedo do paciente e colocada numa lâmina especial. É preciso prevenir e para isto é necessário se conhecer, por isto nos preocupamos sempre em trazer palestras para informar as causas e prevenção das doenças, observou Elaine.

O que é hepatite

A gerente do ESF explicou que hepatite significa inflamação do fígado. “Existem várias razões para o fígado estar inflamado, e nem sempre a causa é viral. Certas drogas ou medicações tóxicas, doenças imunológicas podem causar hepatite. A causa mais comum de inflamação do fígado é a hepatite viral. Quando o processo inflamatório está presente por mais de seis meses é chamado de hepatite crônica”, esclareceu a gerente.

Ivonete ensinou que as hepatites virais são doenças infectocontagiosas que causam inflamações e infecções no fígado, em alguns casos podem evoluir para câncer. Ela esclareceu que os tipos mais comuns de hepatite são transmitidos pelos vírus A, B e C.

Durante a palestra foi explicado que a hepatite A pode ser adquirida pelo contato direto com uma pessoa doente ou através de alimentos ou água contaminados, por mãos mal-lavadas ou sujas que estejam contaminadas com o vírus. Foi enfocado que o vírus tipo B e C é transmitido pelo sangue, ocorrendo principalmente nas relações sexuais sem proteção, ou por objetos como seringas e agulhas contaminadas com o vírus. O vírus tipo B também é o único que pode se transmitido verticalmente, ou seja, de mãe para filho na hora do parto.

Ivonete enfatizou que “cerca de 20% dos casos de Hepatite B evoluem para forma crônica, enquanto nos casos de Hepatite C este índice é de 80%. Isto significa que, quando não busca tratamento, o indivíduo pode apresentar quadros de cirrose hepática grave e até mesmo câncer de fígado, tendo como única e última alternativa o transplante hepático”, afirma a gerente.

Sintomas

A enfermeira lembrou que os sintomas produzidos pela hepatite viral podem variar dependendo se a hepatite é crônica ou aguda. Muitos casos de hepatite podem ser tão leves e inespecíficos passando por uma simples infecção viral como uma gripe. “A hepatite aguda causa menos danos ao fígado que a hepatite crônica”, disse Ivonete.

Sobre os sintomas da hepatite aguda, Ivonete expôs a fadiga intensa, olhos e peles amarelados, urina escura, febre baixa e desconforto gastrointestinal. Já na hepatite crônica os sintomas, a enfermeira explicou que a fadiga, dor nas articulações, vermelhões na pele e perda da memória, são os mais comuns.

Hepatite e contágio

A gerente do ESF revelou que existem importantes diferenças entre a maneira de se pegar cada tipo de hepatite.

- A hepatite A é mais frequente na infância. É transmitida de pessoa para pessoa. O vírus está nas fezes, portanto a higiene após o uso do banheiro é imprescindível. Também pode se transmitir através dos alimentos, revelou Ivonete.

Prosseguindo, Ivonete explicou que a hepatite B pode se disseminar de várias maneiras, o foco primário de infecção é através de transfusão sanguínea ou contato com secreções do corpo. Quase todas as secreções humanas têm o vírus da hepatite. O uso de drogas injetáveis com a mesma seringa, tatuagens ou piercings sem material esterelizado também pode ser uma via de transmissão. Transmissão sexual também é possível. Mães infectadas com o vírus B transmitem para os seus bebes. Toda mulher grávida ou com desejo de engravidar deve fazer os testes para hepatite B.

“Já a transmissão da hepatite C é semelhante a hepatite B . A tansmissão sexual é mais rara e a infecção de bebes pelas suas mães ocorre em uma porcentagem bem menor (5%)”, disse Ivonete.

Prevenção

Ressaltando a higiene como primordial na prevenção, Ivonete falou que a hepatite A já conta com a vacina. “Uma vacina efetiva foi introduzida no mercado em 1995. É recomendada principalmente para pessoas que viajam para áreas endêmicas, onde a hepatite A é um problema”, enfatizou.

Ela explicou que a hepatite B é totalmente controlável. Através de cuidados no pré-natal , imunização de todas as crianças em idade escolar e de indivíduos com vida sexual ativa que tem múltiplos parceiros(as) ou com parceiro já contaminado pelo vírus.

“No caso da Hepatite C as coisas são mais complicadas. Não existe vacinas e não há previsão de tempo até que se descubra uma. A contaminação ainda deve ser evitada através da prevenção: evitando uso de seringas em conjunto ou contaminadas, tatuagens e piercings em locais onde não há esterilização do equipamento. E finalmente uso de camisinhas para que têm vida sexual ativa com múltiplos parceiros”, explicou Ivonete.

Tratamento

“O tratamento da hepatite viral depende da evolução clínica da doença de do tipo de vírus; depende também se é aguda ou crônica. Para infecção aguda da hepatite A, B ou C, são utilizadas medicações sintomáticas que possam trazer conforto para o paciente. A hepatite A na grande maioria dos casos vai melhorar. É preciso fazer seguimento nos casos de hepatite C e B, através de exames laboratoriais, pois os sintomas não servem como parâmetros para a doença”, falou Ivonete.

Para hepatite B e C crônica não existe a cura. Porém com o uso de certas medicações anti-virais é possível frear o processo de destruição do fígado.

Vida normal com hepatite

Finalizando, Ivonete lembrou que um número considerável de pacientes com hepatite crônica tipo B ou C sem tratamento podem ter uma vida normal sem complicações. Nos casos em que a doença está presente há mais de 20 anos, podem aparecer sinais de que o fígado está funcionando mal (cirrose) e em casos mais extremos é necessário o transplante hepático. Na cirrose o fígado fica com a sua estrutura irregular devido ao processo de cicatrização constante. Como consequência da cirrose o paciente apresenta varizes de esôfago, um aumento do baço e ascite (barriga d´água), concluiu a gerente do ESF.
Fonte: Prefeitura de Macaé/RJ
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