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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Teste psicológico impede 70% dos guardas municipais de Maceió de usar armas

Teste psicológico impede 70% dos guardas municipais de Maceió de usar armas
A ideia de instituir o uso de armas para os guardas municipais de Maceió (AL) virou motivo de polêmica. Pelo menos cerca de 70% dos guardas tiveram o porte negado após uma avaliação psicológica. A forma como o teste foi aplicado é questionada pela categoria. A prefeitura promete reavaliar os guardas considerados "inaptos".
O teste psicológico foi aplicado em 465 dos 875 guardas municipais da capital alagoana. Desses, apenas 148 foram considerados "aptos" para uso de arma. Os demais foram reprovados. Segundo a psicóloga responsável pelo exame, Silma de Oliveira, o teste foi feito com base nos critérios adotados pela Polícia Federal. "O teste segue um padrão. Foram utilizados fundamentos técnicos e científicos", afirmou.A psicóloga disse ao UOL Notícias que não iria comentar os resultados, mas afirmou que questionamentos sobre a análise são comuns. "Não é a primeira, nem será a última vez que se questiona uma análise psicológica. Mas eu só faço a análise e interpretação dos dados. O resultado foi repassado à Polícia Federal (PF), que é quem tem o direito de conceder o porte", assegurou.Oliveira alega que os "inaptos" podem refazer o teste. "É um direito deles serem reavaliados por outro profissional. Foi tudo cumprido conforme determina o Estatuto", informou.A presidente da Associação dos Guardas Municipais, Solange Dias, alega que o teste não foi feito de forma correta, o que gerou insatisfação de boa parte dos servidores. "O pessoal está insatisfeito porque foram quase 500 avaliados por somente uma psicóloga. Então, a gente achou que o teste não teve muita validade. Como você faz um teste com uma ante-sala com barulho? O teste deveria ser feito por mais pessoas", afirmou. A psicológa contesta as informações. "Foram três psicólogas, mais estagiários. O local de aplicação do teste era perfeito", assegurou.Segundo a presidente da Associação, os guardas cobram da prefeitura a realização de um novo teste, conforme prevê a lei. "Todos passaram com restrição, ou seja, ninguém é maluco. E essa restrição é para uso de armas e é temporária. Temos que fazer uma nova análise psicológica", disse.Dias afirma ainda que o uso de armas é uma necessidade da tropa. "É uma questão de necessidade. Existem postos em que não temos condições nem de garantir as nossas vidas. Ao invés de coibir, o guarda se torna mais um número da violência. Já aconteceu morte em local de trabalho onde o guarda não tinha condições de atuar", contou.Secretário acha resultado "estranho"O Estatuto do Desarmamento prevê que os guardas municipais das cidades com mais de 500 mil habitantes tenham direito ao porte de arma profissional e pessoal. Para isso, é necessário que a guarda tenha ouvidoria e corregedoria instaladas, além da formalização de um convênio com a PF. Os servidores também devem ser capacitados e passar por avaliações psicológicas.Para o secretário municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Segurança Comunitária, Pedro Montenegro, o resultado dos exames "é estranho". "Eu encaminhei um ofício hoje [na terça-feira, dia 3] ao diretor da guarda para que ele me explique quem foi a empresa que fez os testes, que critérios usou, se é credenciada à Polícia Federal. Eu não estava aqui na época. Mas eu quero essas informações para fazer uma análise. Não é normal um índice tão grande de reprovações", alegou.Sobre o pedido dos guardas, Montenegro confirmou que os testes deverão ser refeitos em breve. "Pelo contrato, a empresa que fez o teste deve repetir a avaliação, e vamos exigir isso", afirmou.Na terça-feira, o secretário se encontrou com o superintendente da PF em Alagoas, Amaro Vieira, onde foi orientado sobre o trâmite para que o município implante o uso de armas pela guarda. "Além de refazer os testes, é preciso também estruturar a ouvidoria - que foi criada, mas precisa ser estruturada. Precisamos também apresentar um plano à PF para ser aprovado o uso da arma, que será utilizada apenas em algumas ocasiões. Esse é um processo rigoroso, que não tenho pressa. Não abro mão de cumprir todo trâmite legal", afirmou o secretário.
Fonte: UOL noticias
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