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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Categoria pára por um dia e exige condições adequadas de trabalho

Os guardas municipais de Curitiba realizaram hoje (23) a maior mobilização da história da categoria, existente desde 1988. Cerca de 500 trabalhadores participaram da paralisação que iniciou na praça Tiradentes, passando pela sede da guarda municipal, na avenida João Gualberto, e chegando até a prefeitura. Uma marcha fúnebre, com quatro caixões seguindo à frente do cortejo, lembrou as mortes de quatros guardas nos últimos cinco meses. Um dos manifestantes, fantasiado de “morte”, avisava a população sobre os riscos que a categoria vem correndo nos últimos anos, devido ao aumento da carga de trabalho e às condições indevidas. A adesão à paralisação, segundo cálculos do Sismuc atingiu 70% dos guardas da cidade. Além das mortes, os guardas também protestam pela intransigência da prefeitura que se nega a negociar outras questões como aumento do piso da categoria de R$ 710,88 para R$ 1,3 mil, a cautela da arma, oferecimento de capacitação e treinamento adequado e aumento do efetivo. O guarda Samuel Rodrigues de Oliveira, de 44 anos e funcionário da prefeitura desde 1991, trabalhava no contra-turno do guarda Aparecido José de Souza, assassinado no cmum do CIC, no final de setembro. “Gosto de ser guarda, mas estou desiludido”, conta ele, que já ouviu da esposa o pedido para largar a profissão devido ao medo de também perder o marido. “Foi positivo o movimento de uma categoria que está cansada da atitude da atual administração pública e que sabe que somente com uma luta como essa é que se faz a diferença”, destaca Josoé Juliano de Oliveira, guarda municipal e membro da comissão de representantes dos servidores. Represália Preocupados com a adesão dos servidores, a administração tratou de mandar para as ruas os 186 estagiários da guarda municipal que ainda não se formaram. Alunas da guarda feminina foram obrigadas, inclusive, a fazer ronda sem o colete à prova de balas, sem distintivo e sem armas. Elas se recusaram a fazer o serviço sem os equipamentos adequados e foram mandadas para o parque Barigüi. A atitude da secretaria de defesa social foi repudiada pelos manifestantes e entendida como irresponsável. Assembleia Na prefeitura, depois de muita insistência e barulho dos guardas, o secretário de recursos humanos Paulo Schimidt acabou sendo obrigado a realizar uma reunião. Com nenhum avanço na pauta apresentada pela categoria e devido à inflexibilidade do secretário e do prefeito Beto Richa, que nem sequer compareceu à reunião, a categoria tirou um novo encaminhamento. Dessa vez, eles aprovaram um indicativo de greve, com data a ser definida em assembleia no próximo dia 2 (quarta-feira), às 19 horas, no Sismuc. As negociações para aumento do piso salarial só se dariam a partir de 15 de fevereiro, enquanto que os demais pontos da pauta seriam rediscutidos em um cronograma de reuniões a ser apresentado até o final desta semana pelo secretário. Relembrando As mobilizações já vinham ocorrendo há quase um mês e foram intensificadas na última semana, após a morte do guarda Leocádio Swami de Mello e Silva, no último dia 15. Panfletagens e abaixo-assinados têm servido de apoio para o debate dos trabalhadores com a população. Um trecho do documento diz: “Quem também perde é a população, que apesar do empenho dos guardas municipais, fica mais exposta à criminalidade, devido a falta de políticas públicas municipais e de respeito e valorização com aqueles que atuam para garantir a segurança da população”.
http://www.sismuc.org.br/Noticias_vsl.asp?cod=765
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