GUARDA MUNICIPAL ASSOCIE-SE

GUARDA MUNICIPAL ASSOCIE-SE
CLIQUE E ACESSE A FICHA DE INSCRIÇÃO

Seguidores

sábado, 28 de novembro de 2009

Policiais fizeram blitz na favela na madrugada de sexta-feira

Cerca de sessenta policiais entre civis, militares, rodoviários federais e guardas municipais fizeram blitz na favela de Caetetuba. O movimento, coordenado pelos delegados Sebastião Alves de Oliveira, José Glauco Ferreira Lobo e Hermes Jun Nakashima, teve início por volta das 23 horas de quinta-feira e terminou na madrugada desta sexta-feira (27). O objetivo da batida policial foi coibir o tráfico de drogas e o uso de armas de fogo. Pelo menos quinze pessoas foram levadas ao plantão policial para averiguação. “Cercamos os acessos à favela e fizemos blitz nessas saídas”, explicou o delegado Sebastião. “Percorremos todas as vielas, mas havia pouquíssimas pessoas perambulando por lá”, continuou. “Averiguamos todos que não portavam documentos”, concluiu. Não aconteceram prisões ou apreensões de drogas, armas ou outros objetos. Foram utilizadas 25 viaturas e a operação contou com o apoio de policiais civis de várias cidades vizinhas.
De acordo com o delegado, desde o início do ano as Forças de Segurança do Município vem organizando movimentos que reúnem todas as polícias e a Guarda Municipal local. “Praticamente todo mês, realizamos a Mega Operação que envolve todas as polícias e tem o objetivo de coibir a criminalidade”, explica. “Entretanto, a repressão policial não tem surtido o efeito desejado, considerando que existe a necessidade da implantação de medidas sociais efetivas, especialmente na favela de Caetetuba, onde os jovens são recrutados pelos traficantes, mesmo com pouca idade”, disse o policial. “Prendemos dois traficantes e logo aparecem mais quatro”, continua. “A polícia civil está desenvolvendo há alguns meses, um trabalho de inteligência que visa identificar possíveis líderes do tráfico de drogas naquela região”, detalhou Sebastião.
Evidente que o delegado não nega que o assassinato do policial civil Renato Moreira, de 42 anos, ocorrido na segunda-feira (23), tenha motivado a blitz ocorrida na madrugada. “Nosso foco de preocupação é Caetetuba, tanto que nos reuniríamos com juízes e promotores, além do prefeito, OAB e outras lideranças, no mesmo dia em que o policial foi assassinado”, lembrou o delegado. “A reunião trataria exatamente da falta de policiais na cidade, tanto civis quanto militares e também o risco que correm os próprios policiais e os oficiais de Justiça que são obrigados a freqüentar àquela região”, prosseguiu. “Falaríamos da entrega de intimações e nosso companheiro morreu exatamente quando faria isso”, terminou. Com a morte do policial Renato, o número de policiais designados ao Setor de Investigações Gerais de Atibaia caiu de três para dois. Número insuficiente para a apuração de crimes na cidade.
Estatísticas
Atibaia lidera o ranking de drogas apreendidas em relação às demais cidades da Delegacia Seccional de Polícia de Bragança Paulista. Enquanto Atibaia apreendeu cerca de 85 quilos de drogas (37 de cocaína; 28 de crack e 20 de maconha) entre 1º de janeiro e hoje (27 de novembro), Bragança Paulista, a segunda cidade na lista de apreensões, retirou 40 quilos de drogas das ruas no mesmo período. Em Atibaia foram registrados 90 flagrantes de tráfico de entorpecentes no período. O que representa 8 casos por mês e dois por semana. A grande maioria dos flagrantes - 67 no total - foi registrada no plantão policial, o que significa que as prisões se deram no período noturno ou em finais de semana. A maioria delas inclusive, na região de Caetetuba e efetivadas pela Força Tática da Polícia Militar de Atibaia.
Quanto aos casos de porte ilegal de arma de fogo e prisões sob acusação deste crime, Atibaia também lidera a lista das cidades. Neste ano foram 75 armas apreendidas na cidade que resultaram em 27 flagrantes e 30 prisões.
Apesar de os números mostrarem intensa atuação das polícias na cidade, a falta de policiais, pelo menos civis e militares, acaba por comprometer a segurança pública. A partir da execução do policial civil, a comunidade atibaiense espera a união de forças do Poder Judiciário, Ministério Público, prefeito e as próprias polícias para que juntos, de fato, possam exigir do governo o reforço no efetivo, conforme disse a juíza Adriana Andrade Pessi em entrevista ao Atibaia News, concedida dia 24 de novembro. (AC)

Fonte: Atibaia News (www.atibaianews.com.br)
Google Analytics Alternative