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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Exército toma as ruas de Caracas para enfrentar a criminalidade


por Portal Jovem Pan . 


Caracas, 13 mai (EFE).- O governo da Venezuela ordenou nesta segunda-feira a mobilização de três mil soldados que custodiarão as ruas de Caracas em um plano que pretende, em curto prazo, fazer frente aos altos índices de criminalidade que, segundo o presidente Nicolás Maduro, é o problema "mais grave" do país. 

Segundo números oficiais, a Venezuela fechou 2012 com 16.072 homicídios, 14% a mais que no ano anterior, embora, segundo relatórios da ONG 

Observatório Venezuelano de Violência (OVV) de dezembro passado, a taxa real seja de 73 para cada 100 mil habitantes. 

"O maior problema da nossa sociedade é o vinculado à criminalidade, a violência, a chamada insegurança; é o problema mais grave", disse Maduro ao iniciar o chamado "Plano Pátria Segura" que, assegurou, será "mais que uma operação". 

O governante tinha anunciado a criação do plano na segunda-feira passada quando garantiu que entre os oficiais da Força Armada há "entusiasmo" para sair "em união cívica militar para proteger o povo" da Venezuela. 

Maduro aproveitou o ato de hoje para advertir à Força Armada que "o império", como chama os Estados Unidos, "não descansa" em seu empenho de "apoderar-se" da América Latina e que "bate portas para ver quem lhe abre", "para ver a quem corrompe". 

"Que ninguém se deixa enganar por um sorriso e uma saudação, nem perante um afago nem um visto para viajar aos Estados Unidos", acrescentou o presidente venezuelano no ato oficial, no qual inaugurou novas instalações militares e anunciou um aumento salarial aos soldados em uma porcentagem que não revelou. 

No entanto, para o analista político especialista em segurança, Hernán Castillo, "militarizar o ataque ao crime é um grande erro" porque os militares "não estão preparados para enfrentar o cidadão". 

Além disso, Castillo afirmou à Agência Efe que a história registra que, após este tipo de ações, os soldados terminam fazendo alianças com os grupos criminosos. 

O especialista ressaltou que, já que se tomou a decisão de mandar o Exército à rua, é conveniente garantir que este desdobramento militar em espaços civis seja de curta duração, "como uma medida transitória". 

De qualquer maneira, Castillo comemorou, apesar de não concordar com a medida, que finalmente tenha havido "uma pequena iniciativa de certo alcance por parte do governo" para atacar o crime. 

Castillo lamentou, além disso, que "as prisões venezuelanas não são centros de reabilitação, mas centros de aperfeiçoamento do crime e do delito". 

"Nenhum dos elementos que compõem este quadro tem a ver com o aspecto militar, nenhum tem relação com a presença dos militares na rua", concluiu o analista. EFE 
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