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segunda-feira, 22 de abril de 2013

MG - Policiais presos são investigados por chacina


Ipatinga – O médico-legista José Rafael Miranda Americano e o investigador José Cassiano Ferreira Guarda, detidos na sexta-feira em Ipatinga, no Vale do Aço, por serem suspeitos de envolvimento no grupo criminoso formado por policiais e que teria assassinado dois jornalistas da cidade são investigados pela execução de quatro adolescentes, em 2011.

Conhecida como Chacina de Revés do Belém, numa referência ao distrito de Bom Jesus do Galho, próximo a Ipatinga, onde foram encontrados os corpos de Nilson Nascimento Campos, de 17 anos, Eduardo Dias Gomes, de 16, John Enison da Silva e Felipe Andrade, de 15 anos. O crime foi denunciado pelo jornalista Rodrigo Neto, repórter assassinado em 8 de março e que relacionou diretamente as mortes com a ação do grupo de extermínio formado por policiais civis.


A informação de que um cabo do 14º BPM poderia ter sido preso anteontem, não foi confirmada pela Polícia Civil. De acordo com a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) há pelo menos 20 policiais envolvidos em mais de 21 homicídios denunciados pelo repórter do jornal Vale do Aço, Rodrigo Neto, e seu colega, o fotógrafo Walgney Carvalho, de 43, assassinado no dia 14. Há suspeitas de que os dois crimes estejam ligados e de que o fotógrafo teria sido morto por saber quem poderia ter assassinado o colega.


De acordo com relatório da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg), a Chacina de Revés do Belém ocorreu em 25 de outubro de 2011. O grupo de adolescentes perambulava pelo centro de Ipatinga e era conhecido por vender pequenas quantidades de drogas, sobretudo pedras de crack.


No dia 24 foram levados à delegacia por policiais militares, que os abordaram no Bairro Jardim Panorama e encontraram com eles uma bucha de maconha, cinco pedras de crack, R$ 30 e um telefone celular. O quarteto foi ouvido pelo delegado, mas ao saírem do distrito teriam atirado pedras nas viaturas da Polícia Civil que estavam estacionadas e depois fugido. Por esse motivo, eles teriam sido mortos, como suspeitaram os delegados da época e mostraram as reportagens de Rodrigo Neto.


Os corpos dos adolescentes foram encontrados num matagal, nus, com as mãos amarradas para trás das costas e com tiros nas nucas, no dia 30 de outubro de 2011. “Foi uma judiação o que fizeram com os meninos. A situação dos corpos deles, quando a gente foi identificar. Maldade que não se faz com ninguém. Nunca vou esquecer”, disse à reportagem do Estado de Minas a arrumadeira Maria Aparecida Gomes, de 37 anos, mãe de Eduardo Dias Gomes, uma das vítimas.
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