Guarda Municipal de Santos poderá usar arma de eletrochoque

Nos próximos 45 dias, a Guarda Municipal (GM) de Santos deverá contar com novo reforço: 35 pistolas da categoria Taser, conhecidas como armas de eletrochoque.

A estimativa é do secretário municipal de Segurança, Renato Penteado Perrenoud. “Nosso efetivo já está fazendo testes psicológicos. Os que estiverem aptos a usar o equipamento vão fazer o treinamento prático com a Polícia Militar”.

O objetivo é oferecer mais um mecanismo de segurança aos guardas municipais, que já têm à disposição bastões, coletes à prova de balas, spray de pimenta e algemas. 

O treinamento é teórico e prático. “Primeiro, explicamos os efeitos da descarga elétrica no organismo do oponente e em quais situações a pistola deve ser usada. Depois, os guardas são treinados para manusear o equipamento”, explica o comandante interino do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I, que abrange Santos), major Flavio de Brito Junior.

 

A pistola Taser utiliza nitrogênio comprimido para disparar dardos no formato de pequenas placas, que se cravam na roupa ou pele da vítima. A descarga de eletricidade é conduzida por um fio elétrico. Sua capacidade de alcance é de dez metros.

No Brasil, apenas autoridades policiais podem usar Tasers. Em outros países, entre eles os Estados Unidos, cidadãos podem portar pistolas de eletrochoque sem autorização.

Menos letalO termo arma não letal deixou de ser atribuído às pistolas de eletrochoque. “Já houve casos de morte em outros países porque o oponente apresentou problemas cardíacos. Por isso, esse tipo de armamento só pode ser usado em casos extremos”, explica Perrenoud.A descarga, cuja amperagem (nível em ampères) não é divulgada pelas autoridades policiais, provoca a perda momentânea dos movimentos, o que possibilita ao policial ou guarda municipal imobilizar o oponente com segurança.“A pistola de eletrochoque só é usada em casos isolados. Quando houver dúvida, o agente deve optar por outro método de abordagem”, afirma o major Brito Junior.Segundo o secretário municipal de Segurança, caso o oponente apresente sintomas de que precisa de atendimento médico, a orientação será encaminhá-lo ao hospital mais próximo imediatamente.Sem despesaAs Tasers estão na GM de Santos há cerca de um mês. “Adquirimos o equipamento por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança, ou seja, sem custos para a Administração”, destaca o prefeito de Santos, João Paulo Papa (PMDB).As pistolas de eletrochoque só serão usadas nas rondas operacionais do efetivo da GM de Santos, que em novembro passará a contar com 460 homens, após o ingresso dos 60 aprovados no último concurso da corporação.

Fonte: Jornal A Tribuna