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sábado, 31 de março de 2012

SP - Sorocaba tem média de um adolescente apreendido ao dia no tráfico


Em janeiro e fevereiro foram 70 casos ao todo: 63% a mais que em 2011, nesses mesmos meses

O número de adolescentes pegos pela polícia por tráfico de droga em Sorocaba aumentou nos primeiros dois meses de 2012. Foram 70 apreensões no bimestre, conforme estatística da Delegacia da Infância e Juventude (Diju), o que dá uma média de pelo menos um ao dia. A quantidade é maior que aquela nos mesmos meses de 2011, quando foram 43 detenções, de acordo com o delegado José Augusto de Barros Pupin. O aumento foi de 63%. O tráfico de droga é o crime que leva mais adolescentes para a Fundação Casa. Em janeiro, a Diju apreendeu 34 adolescentes, sendo 31 por tráfico. No mês seguinte 45, sendo 39 por tráfico. A diferença entre um mês e outro tem relação com o Carnaval, quando normalmente há maior consumo de droga. 

Sorocaba tem registrado o crescimento de adolescentes infratores nos últimos anos. Em janeiro de 2009, por exemplo, 13 adolescentes foram apreendidos, nove deles por tráfico. Janeiro de 2010 teve dez, com oito por tráfico, e em janeiro de 2011 foram 25, sendo 17 por tráfico. O total de adolescentes infratores apreendidos anualmente também segue tendência de crescimento, diz Pupin. Foram 156 em 2009, 239 em 2010 e 334 em 2011. Projetando 2012, com base no primeiro bimestre, seriam 474. Os atos infracionais que levam à internação na Fundação Casa são de tráfico, roubo, homicídio e latrocínio. 

A maior parte da apreensões por tráfico ocorre nos bairros da periferia. Para o delegado da Diju, há maior policiamento nessas áreas, inclusive com a ampliação do efetivo da Guarda Civil Municipal, e isso resulta em mais adolescentes pegos com droga. Em contrapartida, ele acredita que os pontos de tráfico aumentaram e se espalharam, acompanhando o crescimento da cidade. 

Traficantes costumam cooptar menores de 18 anos para a venda de droga porque a punição para adultos é maior. Algumas regiões de Sorocaba têm apreensões frequentes de adolescentes, mostra o noticiário policial, como na avenida Ulysses Guimarães, entre o Parque Laranjeiras e o Jardim Santo André, e nas Vilas Sabiá e Zacarias. 

Ações preventivas 
O delegado tem a convicção de que o combate à criminalidade entre os jovens não é só problema das polícias e da Justiça. Segundo ele, é preciso integrar as ações preventivas do poder público, tendo como foco áreas mais problemáticas. 

O delegado enfatizou a importância de cursos profissionalizantes e atividades recreativas e de lazer, a fim de "ocupar a cabeça dos jovens". Ele acredita que as novas empresas que se instalam na cidade podem contribuir, reservando vagas para adolescentes. A Lei do Aprendiz estipula que empresas de médio e grande porte empreguem entre 5% e 15% de jovens de 14 a 24 anos no quadro de funcionários. 

Pupin sugere ainda que a criminalidade entre jovens em Sorocaba seja discutida em reuniões mensais, com representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Judiciário e Prefeitura. Para ele, é preciso incentivar o entrosamento na coordenação das ações que já existem e a troca de experiências em relação às políticas públicas dirigidas aos jovens.
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