A Polícia Civil prossegue as investigações a respeito dos tiros que atingiram um agente da Guarda Municipal de 49 anos que não teve o nome revelado na madrugada de sexta-feira no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Conforme o delegado Enizaldo Plentz, há fortes indícios que de que o crime se trate de uma emboscada. Um dos fatores que intriga os investigadores é o fato de que a mulher do Guarda Municipal trancou-se no banheiro por mais de uma hora no dia do crime, e que a filha do casal, de 12 anos, não teve permissão da mãe para avisar o pai sobre o movimento estranho na região onde a família mora. O delegado Plentz destacou que a atitude da mulher é “incoerente”, mas frisou que é necessário ter cautela sobre o caso.
“Eu não tenho dúvida nenhuma que foi uma emboscada pra ele. Alguém encomendou essa bronca. Estamos investigando. A filha percebeu um movimento estranho e mãe disse que não era nada. As duas subiram e ficaram trancadas uma hora e meia no banheiro", disse delegado. "A filha queria avisar o pai, e a mãe acabou não concordando. Aí aconteceu o desfecho. Eu acho que foi uma ação incoerente. Eu refiz os passos dela. Pra mim, eu descrevo como uma atitude incoerente. Não é coerente ficar trancada no banheiro. Não posso dizer nada contra a mulher do guarda. É muito estranho”, destacou.
Durante a ação dessa semana, o Guarda Municipal matou um criminoso e conseguiu ferir outro. O agentel foi ferido e encaminhado ao Hospital Geral de Novo Hamburgo. Ele teria, inclusive, sofrido ameaças por telefone anteriormente. Em 2015, o agente da Guarda Municipal sofreu ataque semelhante em frente à sua casa. Os homens deram coronhadas no servidor municipal, que conseguiu correr para dentro de casa.
Diante do risco de ações violentas dentro da unidade, e da presença do Guarda Municipal e do criminoso baleado durante o confronto, o Hospital de Novo Hamburgo restringiu as visitas a pacientes de várias alas durante a sexta-feira. Os recebimento de visitantes só foi normalizado no sábado, após a transferência dos dois para outras instituições de saúde da região.
Na última semana, um jovem de 19 anos foi assassinado a tiros dentro da unidade hospitalar. A vítima, identificada como Wellington Jean Brito Bandeira, não estava sob custódia da Brigada Militar. Conforme testemunhas, dois homens entraram armados na unidade de saúde e acessaram o quarto do jovem. Diversos disparos foram feitos. A suspeita é de que Wellington, que tinha ligação com a criminalidade, tenha sido morto por bandidos de uma facção rival.
Fonte: Correio do Povo
