Jomar Bellini/Ipanema Online
Durante o enterro do casal assassinado na noite desta sexta-feira (9) em Mairinque, Laércio de Sousa Lanes e Lindalva Prado Lanes, na tarde deste sábado (10), no cemitério municipal de Mairinque, o diretor municipal de Segurança municipal, Valdeir Dias Pereira, disse à reportagem do Jornal Ipanema que não havia nenhuma ameaça formalizada contra Laércio, que era subcomandante da Guarda Civil Municipal da cidade.
O casal foi velado com caixões lacrados. O crime comoveu os moradores da cidade e ganhou repercussão nacional. Durante o enterro, houve homenagens e indignação.
Segundo o diretor, o GCM morto nunca comentou nada sobre estar sendo ameaçado. “Caso tivesse um aviso de ameaça, teríamos retirado ele e a família do local”, disse Pereira. Na avaliação do diretor, o crime pode ter relação com o indulto do Dia dos Pais, mas ainda são hipóteses a serem investigadas. Ele também descartou alguma relação com a chacina ocorrida na segunda-feira (5) na zona norte de São Paulo, quando a cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini foi morta com o marido (sargento da PM), o filho, a tia e a mãe.
Ainda de acordo com o diretor de Segurança, Laércio participou da prisão de uma quadrilha em Maririnque, há cerca de dois anos. “Ele sempre trabalhou corretamente, de forma séria e honesta”, ressaltou Pereira. No bairro onde aconteceu a chacina, o silêncio toma conta. “Ninguém sabe de nada, os vizinhos estão com medo, estamos num tabuleiro de xadrez e no escuro”, completou o diretor.
Filho do casal
Até o final da tarde desta sábado (10) o estado de saúde do filho do casal era gravíssimo. Ele continua internado no Hospital Regional, mas um novo boletim oficial somente será emitido neste domingo. Vitor, de dez anos, levou um tiro na cabeça e a bala ainda estaria alojada em seu corpo.
