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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Haverá reforço policial na Fernão Dias após protestos, diz secretário

Fernando Grella, da Segurança Pública, deu entrevista à CBN nesta terça.
Ele confirmou ação conjunta da PM com a Polícia Rodoviária Federal.

Do G1, em São Paulo

Manifestantes ateiam fogo em ônibus e caminhões durante o protesto contra a morte do garoto Douglas, na rodovia Fernão Dias, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (28). (Foto: Beto Martins/Futura Press)
Manifestantes ateiam fogo em ônibus e caminhões
durante protesto contra a morte do garoto Douglas,
na rodovia Fernão Dias.

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), Fernando Grella Vieira, afirmou nesta terça-feira (29) em entrevista à rádio CBN que irá “intensificar” e “reforçar” o policiamento na Rodovia Fernão Dias, na Zona Norte da capital, após os protestos violentos ocorridos durante a tarde e noite de segunda-feira (28) que bloquearam a via. Para isso, o chefe da pasta pediu auxílio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para planejar uma ação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.

As manifestações convocadas por moradores da região após a morte de um adolescente, atingido no peito por um disparo feito por um policial militar no último domingo (27), na região do Jaçanã. A corporação informou que o tiro foi acidental e que o soldado Luciano Pinheiro está preso.

“Nós vamos intensificar o policiamento e, por isso, estamos chamando a Polícia Rodoviária Federal porque é atividade dela: a fiscalização por ser uma rodovia federal. É lógico que a Polícia Militar pode e deve intervir, mas deve fazê-lo, por ser uma rodovia federal, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal”, disse o secretário da SSP, Fernando Grella Vieira, nesta manhã à CBN.


De acordo com Grella Vieira, a pasta da Segurança Pública não solicitou ao Ministério da Justiça uma ação conjunta com a Força Nacional. “Nós não vamos agir com a Força Nacional. Nós fizemos um contato com o
ministro para uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar. Fernão Dias é uma rodovia federal e, portanto, é mais do que necessário essa ação conjunta. E nesse sentido nós teremos uma reunião agora de manhã na secretaria”, afirmou o secretário.


Ao ser questionado pela rádio se "será reforçado o policiamento nesse ponto" da Rodovia Fernão Dias onde ocorreram os protestos, Grella Vieira respondeu que sim. “Com certeza [será reforçado o policiamento nesse ponto] e outras estratégias vão ser definidas nessa reunião que acontecerá agora de manhã na Secretaria da Segurança Pública”, confirmou.

Questionada sobre a reunião citada pelo secretário, a assessoria de imprensa da SSP informou que ainda não tem confirmação oficial se ela está ocorrendo nesta manhã. Interlocutores ligados à pasta disseram, no entanto, ao G1 que um representante da Polícia Rodoviária Federal, provavelmente um inspetor, poderia comparecer ao prédio da secretaria para esse eventual encontro com Grella.

Caminhão pega fogo durante protesto na Fernão Dias em São Paulo. (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo)Caminhão pega fogo durante protesto na Fernão Dias em São Paulo.  a morte do estudante Douglas Rodrigues, de 17 anos, baleado na tarde do último domingo, quando passava com o irmão de 13 anos na frente de um bar na Rua Bacurizinho.“Sem dúvida. É um episódio lamentável. Todos nós lamentamos o acontecido. As providências de ordem legal foram tomadas por parte da própria Polícia Militar. Houve autuação. O soldado envolvido na ocorrência, ele está preso, ele está recolhido. E nós manteremos contato sim com a comunidade. Estamos mantendo contato. É um episódio que nos deixa a todos muito chocados. Não é essa a orientação da política de segurança pública do estado”, ponderou Grella Vieira.O chefe da pasta da Segurança em São Paulo comentou ainda que aguarda um relatório do serviço de inteligência da SSP sobre o perfil dos presos pela polícia nos atos violentos na rodovia para saber se o tráfico de drogas incentivou a manifestação.“Eu estou recebendo hoje de manhã, logo mais o relatório do setor de inteligência, e aí sim a gente poderá ter uma posição mais clara de toda essa situação”, disse Grella. “Esse relatório, inclusive, vai trazer pelos dados concretos das pessoas que permaneceram presas e outras que não permaneceram porque nem sempre é possível individualizar condutas”.Mais cedo, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, também foi ouvido pela CBN e confirmou a conversa que teve com Grella na segunda. Afirmou ainda que governo federal e estadual combinaram a ação da Polícia Rodoviária Federal na Rodovia Fernão Dias."Ontem [segunda-feira], diante da situação que se verificou na estrada Fernão Dias, tive contato com secretário de Segurança, Fernando Grella, e combinamos uma reunião operacional para discutir detalhes de ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal e a polícia do estado de São Paulo. A ideia é que possamos ter ações mais integradas e maior agilidade em situações desta natureza", afirmou o ministro à rádio.

Manifestantes tomaram a pista para protestar contra a morte do estudante Douglas Rodrigues, que foi baleado por um policial militar no domingo (27). O soldado foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção), mas foi preso por determinação da Polícia Militar. O advogado do policial alega que o disparo foi acidental.


"A partir de hoje [terça-feira], já vamos dialogar. A diretora-geral da PRF manterá contato com a Secretaria de Segurança Pública para que equipes técnicas já possam se sentar à mesa hoje para verificar questões de efetivo. Precisamos uma sintonia maior entre as duas forças policiais", completou Cardozo.

Durante os protestos desta segunda, ao menos cinco ônibus e três caminhões foram incendiados na rodovia ou em ruas próximas.

De acordo com a concessionária que administra a rodovia, a pista sentido São Paulo foi liberada no km 86 por volta das 20h15. Já a pista sentido Belo Horizonte teve os km 90 ao km 86 liberados às 23h30. Cerca de 90 pessoas foram detidas por vandalismo. Dessas, 34 seguiam presas na manhã desta terça
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