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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Guarda Civil Municipal: Perspectivas e desafios

Por Oséias Francisco da Silva*
Em decorrência da sistemática do calendário eleitoral do Brasil, somos forçados a viver a cada dois anos as contingências das eleições. Os Guardas de todo o Brasil são afetados particularmente pelos pleitos no âmbito municipal e no geral pela concorrência ao Palácio do Planalto. Nossas reivindicações dependem basicamente das Prefeituras e da União. Da União esperamos a manutenção/conserto do artigo 144 da constituição federal de maneira a compreender as necessidades da população por uma polícia preventiva e regulamentar as atribuições e regularizar as instituições de Guarda Civil Municipal, constituindo padrões mínimos de salário e plano de cargo, carreira e salário, além das reformas no estatuto do desarmamento para sanar algumas aberrações e discriminações que afetam a maioria das Guardas do Brasil. As nossas expectativas quase sempre estão voltadas às eleições municipais e presidenciais, isto é, de dois e dois anos somos arremessados ao campo político, seja nacional ou municipal, para renovar as esperanças e alimentar as expectativas, de melhores salários e condições de trabalho e leis que atendam as demandas institucionais que afetarão direta ou indiretamente as nossas vidas. É na esfera municipal que reside a maior demanda dos guardas e das Guardas municipais. Do ponto de vista legal e institucional vamos precisar sempre dessas esferas de poderes, mas do ponto de vista classista, organização de classe, somos e devemos ser independentes, autônomo, a fim de construir a correlação de força necessária ao equilíbrio na disputa de interesses.
Nos últimos anos nossas expectativas eram alimentadas por motivações exteriores, e quase sempre, para consecução de fins outros, não os nossos efetivamente, por isso, não avançamos significativamente em nossas lutas, até tivemos alguns esforços de companheiros isoladamente, mas no geral, necessitamos arregaçar as mangas, amarrar os coturnos e acelerar os passos. Caminhar para a mobilização e auto-organização de nossa classe e construir os mecanismo e parcerias necessárias a fim de realizar nosso projeto. Essa organização passa pela consciência de classe, que superar e transpassa, não anula, as outras bandeiras individuais, partidárias, religiosas, sindicais e ideológicas, as unem na mesma direção. Precisamos voltar as nossas expectativas para nós mesmos. Não sejamos mais o meio para fins alheios. Para tal objetivo devemos também construir representatividade em lugares estratégicos onde nossos direitos, como trabalhadores e cidadãos, são objetos de discussão e deliberação. Precisamos de vereadores, deputados, estaduais e principalmente federais, e também ocupar as cadeiras no executivo em suas várias esferas. Vamos sonhar; unir, organizar, lutar e realizar. É possível.
*Especialista e Consultor em Segurança Pública
Filósofo
Psicanalista
Escritor
Twitter: @oseiasfilosofo
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