A secretária nacional de Segurança
Pública, Regina Miki, que está em Maceió para discutir os resultados
do Programa Brasil Mais Seguro em Alagoas, participou, na tarde
desta terça-feira (04), da 4ª e última sessão da Comissão Especial de
Inquérito (CEI), da Câmara Municipal de Maceió, criada
para investigar os números da violência na capital alagoana. Antes de
começar a audiência pública, no plenário da Casa de Mário Guimarães,
Miki cobrou mais ações por parte do Município no combate ao
crime, defendeu a guarda municipal armada, confirmou que a quantidade
de assassinatos no Estado diminuiu, e que a grande maioria dos
homicídios já tem a autoria material descoberta.
A secretária nacional chegou a Maceió
nesta terça-feira, já se reuniu com os dirigentes da Força Nacional
que estão em missão em Alagoas, encontrou-se rapidamente com o
governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e, em seguida, participou da
sessão da CEI. Entretanto, antes de começar o debate, ela concedeu
coletiva.
A primeira cobrança de Regina Miki
voltou-se para a Prefeitura de Maceió: “Quando descobri que o
Jacintinho era um bairro violento e tinha algumas praças inutilizadas, mas
que estavam à disposição dos moradores para servir de área de lazer,
resolvemos, então, instalar uma base da Polícia Comunitária lá. É preciso
deixar claro que o combate à violência não se faz apenas com o
policiamento ostensivo. É preciso ter escolas boas funcionando e os
agentes de saúde, que estão em contato direto com o povo, sabem dos
problemas de cada família e podem acionar o órgão competente para
tentar resolvê-los, e logicamente, têm que cuidar
melhor da qualidade de vida daqueles moradores”, explicou
ela.
“A Guarda Municipal também pode
auxiliar no trabalho da polícia. O Estatuto do Desarmamento prevê
que os guardas andem armados, basta que sejam treinados para isso.
Entretanto, é necessário que a Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp) treine esse pessoal para que ele possa saber
manusear a arma.
A própria Força Nacional poderia capacitar
a Guarda, basta que a Prefeitura faça esse pleito. Mas, os
profissionais terão que ter em mente a clareza de que só poderão fazer
uso do armamento numa situação de extrema necessidade. O
diálogo deverá ser a primeira alternativa de resolução de um conflito”,
defendeu Regina Miki.
Redução no número de assassinatos
A secretária nacional de Segurança
Pública voltou a afirmar que a quantidade de homicídios
em Alagoas tem sofrido uma redação considerável. Ela informou
que os números caíram em quase 50% nesses dois meses de implantação do
Programa Brasil Mais Seguro, quando comparados com os dados do mesmo
período do ano passado.
Regina Miki também afirmou que a grande
parte dos assassinatos em Alagoas já tem o autor identificado. “Em 80% dos
homicídios nós já temosa autoria, o que é um dado muito importante. E, dos
casos, os acusados já estão presos.Inclusive quero destacar os trabalhos do
coordenador da Força Nacional Militar, capitão Celso Mlanarczyki e do
coordenador da Força Nacional Judiciária, delegado Fernando Bruno, além dos
serviços que estão sendo feitos pelas polícias de Alagoas. Estamos no caminho
certo, tentandoimplantar a cultura da paz e combatendo a cultura da
violência”, disse a representante do Ministério da Justiça.