Cidade registrou diminuição na reincidência de violência por
parte dos companheiros que são denunciados
A Guarda Municipal, responsável pelo programa Patrulha Maria
da Penha, que se tornou Lei Municipal, trabalha com três equipes atualmente,
que fazem as visitas domiciliares às mulheres vítimas de violência com medidas
protetivas. Esse trabalho é para fiscalizar se o agressor está se mantendo
afastado da vítima, para que não cometa um novo ato de violência como foi
determinado pelo juiz. Em média, 30 visitas são feitas por dia.
Em um ano e dois meses de atuação no Município, o programa
realizou 2.959 visitas à mulheres com medidas protetivas. Duas mil visitas no
primeiro ano, e de janeiro e fevereiro de 2017 foram 959 visitas. Atualmente,
263 mulheres são atendidas na cidade. Os bairros onde já foram encaminhados
casos do Juizado de Violência Doméstica são o Morumbi, Porto Meira, Portal da
Foz, Três Lagoas, Vila C e alguns casos atendidos no centro.
Os atendimentos são feitos de segunda à sexta-feira, nos
períodos da manhã, tarde e noite, pois são três equipes escaladas na Guarda que
prestam esse serviço. Com a viatura identificada com o selo do programa, cada
equipe cumpre com as fiscalizações de acordo com a demanda que enviada pelo
Juizado. É o juiz que encaminha os casos de mulheres em medidas protetivas, com
o endereço de cada uma para que a Patrulha possa fiscalizar.
Uma equipe fica de plantão aos finais de semana e é acionada
pela vítima quando precisar. Se for identificado o descumprimento da medida
protetiva por parte do agressor, a Patrulha registra o caso, aciona a Polícia
Militar e encaminha ao juiz.
“Nós temos observado que muitas mulheres passaram a
denunciar porque sabem que existe esse trabalho de fiscalização da Patrulha e
elas se sentem encorajadas a prestar queixa e denunciar os agressores, muitas
vezes são os seus companheiros, maridos ou namorados e em outros casos, irmão
ou alguém da família. Mas é importante ressaltar que não é o Município que tem
registrado mais violência contra mulher, é que mais mulheres passaram a criar
essa coragem de denunciar e levar o processo adiante”, destacou a coordenadora
do Patrulha Maria da Penha, a Guarda Municipal Iraci Pereira Conceição Segundo.
“Em nossas visitas também constatamos a diminuição da incidência dos casos”,
acrescentou a servidora.
A Patrulha Maria da Penha trabalha em conjunto com o CRAM –
Centro de Referência à Mulher em Situação de Violência, com o CMDM – Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher, Secretaria Municipal de Assistência Social,
Delegacia da Mulher.
Fonte:http://www.clickfozdoiguacu.com.br