Após investigação, suspeito foi preso na manhã desta quinta-feira (20).
Maioria dos roubos aconteceu nas proximidades da Ambev, em Jacareí.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Uma quadrilha chefiada por um sargento da Polícia Militar é suspeita de praticar pelo menos 20 roubos de cargas no Vale do Paraíba. Após seis meses de investigação, o suspeito de liderar a quadrilha se entregou à Polícia Civil e foi preso na manhã desta quinta-feira (20) em Jacareí. Outros cinco integrantes do grupo estão presos e um dos suspeitos está foragido.
As investigações, conduzidas pelo Ministério Público em conjunto com a Polícia Civil, começaram após a prisão de dois integrantes do grupo no ano passado. Depois da prisão, que aconteceu no Parque Meia Lua, também em Jacareí, os suspeitos confessaram o envolvimento nos roubos e entregaram a estrutura do grupo.
Além do sargento da PM, apontado como chefe da quadrilha e que atuava em Jacareí, outro integrante do grupo é um ex-policial de São José dos Campos. Ele foi expulso da corporação há menos de um ano. A quadrilha é apontada pelas investigações como responsável por pelo menos 20 roubos de cargas na região. A maioria das ações ocorria nas rodovias Dutra, Carvalho Pinto e na Estrada Pagador Andrade, que leva até a fábrica da Ambev. "O grupo agia sempre fortemente armado, com rostos limpos e sempre levava parte da carga de cerveja. Eles levavam sempre a mesma quantidade, cerca de cinco mil unidades de cerveja", afirmou o delegado Talis Prado.
Segundo a polícia, a maioria dos roubos aconteceu nas proximidades da fabricante de cerveja e a investigação aponta que a carga roubada era vendida em dois supermercados de Jacareí e um de São José dos Campos. "Segundo investigações, seriam abastecidos os estabelecimentos de um dos integrantes da quadrilha", disse.
A polícia informou que todos os suspeitos ficarão presos pelo menos até o fim da investigação policial. O sargento da PM, que foi preso nesta manhã, prestou depoimento e negou as acusações. Ele deixou a sede da delegacia seccional de Jacareí por volta das 12h15 e seguiu para o presídio Romão Gomes, em São Paulo, levado por uma viatura da Polícia Militar.
Por nota, a Polícia Militar informou que "não compactua com qualquer desvio de conduta, e diante evidências de participação, será instaurado processo na esfera administrativa". Já a Ambev informou que não vai se manifestar
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