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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

General Braga Netto faz balanço positivo da intervenção federal no Rio de Janeiro


O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Braga Netto, defendeu nesta quarta-feira (21) a continuidade das ações de intervenção no estado. Ao participar da abertura de seminário sobre o tema na Câmara dos Deputados, ele informou que já se reuniu com o governador eleito do Rio, Wilson Witzel, para garantir o andamento dos trabalhos.
"A intervenção não tem necessidade de passar do dia 31 de dezembro, mas não deveria ser cortada porque existe agora um planejamento que eu quero terminar", afirmou. "Existe a previsão dessa transição nossa ir até junho ou julho do ano que vem. Não como um todo, mas parte do gabinete", disse Braga Netto.
A intervenção começou em 16 de fevereiro e vai até o último dia deste ano. A ação unificou o comando das polícias civil e militar, dos bombeiros e do sistema penitenciário.
A situação anterior, segundo o general Braga Netto, era de sucateamento na segurança pública: falta de munições, frota de veículos sem condições de uso e ausência do poder público nas comunidades. A maior preocupação, segundo ele, era com o sistema prisional, onde há 58 mil presos para 28 mil vagas.
O interventor apresentou números para mostrar o sucesso da operação: crimes como roubos de carga e ao comércio caíram 28% em comparação com 2017. O estado ganhou novos carros, armas e material de informática.
Braga Netto também citou o impacto positivo da intervenção em outros setores, como o turismo. Ele informou que a ocupação da rede hoteleira no feriado de 15 de novembro, que no ano passado tinha sido de 48%, neste ano subiu para 85%.
Observatório
Durante estes nove meses, a Câmara dos Deputados criou o Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Outras entidades também fiscalizaram as ações de combate ao crime organizado.

A promotora Somaine Lisboa, do Ministério Público do estado, reconhece que a população esperava resultados mais imediatos, mas salientou que não há fórmula mágica e que a mudança é mais geral. "O que a intervenção conseguiu fazer é uma radiografia do problema para começar a trabalhar na base. A gente já viu resultados do tipo que a mídia gosta: os dados mostram que os números têm descido, têm sido reduzidos", afirmou.
O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), presidente da comissão externa da Câmara dos Deputados que está acompanhando a intervenção, afirmou que a ação no Rio de Janeiro teve reflexos nacionais, como a criação do Ministério da Segurança Pública. Ele ressaltou que o estado se transformou em um laboratório durante esse período, mas que o enfrentamento da criminalidade tem que ser mais abrangente.
"A questão da segurança pública do Rio de Janeiro não se cinge ao estado do Rio de Janeiro, é uma questão nacional. Não adianta tentar ter o melhor estado, com os melhores índices de criminalidade, se não resolver a questão das fronteiras interestaduais e também das fronteiras nacionais", disse o deputado.
O seminário sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro continua nesta quinta-feira (22), com a realização de painéis técnicos sobre gestão, esforço integrado em segurança pública e legislação.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Pierre Triboli
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