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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PMs presos acusados de roubo após festa rave no RJ irão a audiência

'A gente desconfiava que eram PMs', conta uma das vítimas ao G1.

Advogado alega inocência e diz que dupla fazia ação contra evento ilegal.

Do G1 Rio
Caso foi registrado na 82ª DP (Maricá) (Foto: Reprodução/Google Street View)
Investigação da 82ª DP (Maricá) aponta PMs como
autores (Foto: Reprodução/Google Street View)
Um grupo de amigos saía de uma festa rave em um sítio de Maricá, Região dos Lagos, no início de janeiro. Já era manhã, por volta de 9h, quando os jovens foram abordados por dois criminosos que pediram celulares, mochilas, óculos e dinheiro. Estranharam a "abordagem, o vocabulário e a pinta" dos assaltantes — nas palavras de uma vítima. Meses depois, a Polícia Civil apontaria dois policiais militares como os autores do crime. Após denúncia do Ministério Público do Rio, a dupla, que está presa, vai a audiência na próxima semana.
A prisão aconteceu em abril, mas veio à tona na terça-feira (25) após reportagem do jornal "O Dia".
Mennahem Varella de Lima e Phillipe de Oliveira Nunes estavam de folga da 4ª Companhia de Maricá, onde trabalhavam, mas foram ao local no carro de um deles. Segundo o advogado Jorge Luiz Rodrigues Baptista de Paula, os dois atenderam a uma determinação do comandante para verificar eventos ilegais. As denúncias não passariam de "ilações".
"Como todo mundo sabe, festa rave rola o quê? Droga. É o lugar onde o meio litro d'água é o mais caro do mundo. Foi meramente uma ação policial. A Corregedoria quer, a qualquer custo, incriminar os colegas. Hoje é mais fácil soltar o Nem [traficante apontado como chefe do tráfico da favela da Rocinha] do que soltar um PM. Já entram com pré-julgamento que os PMs são culpados", diz o defensor.
O advogado diz que o grande erro de seus clientes foi não ter ido à delegacia registrar a ocorrência. Diz ainda que as testemunhas sequer reconheceram os criminosos, mas uma das vítimas ouvidas pelo G1 diz que foi, sim, à delegacia para apontar quem seriam os assaltantes. À sua frente, estavam os policiais.
"Depois de uns três ou quatro meses, prestamos outro depoimento e reconhecemos os meliantes. A gente desconfiava que eram PMs", diz um dos assaltados.
Ele relata o dia do assalto com assombro. "Veio um carro, estávamos a caminho do ponto de ônibus, e dois homens armados com uma pistola pediram nossas mochilas e nossos pertences. Um saiu do carro e o outro permaneceu no volante, fez a limpa. Levou celular de muita gente", diz.
Saco colado na placa
O veículo, denunciam as testemunhas, estaria com a placa escondida. O advogado nega. "O que aconteceu é que tinha um plástico colado na placa dianteira, não estava escondendo nada. O carro anda e pode levantar alguma coisa, um saco plástico. Isto é comum", afirma.

A Polícia Militar informou, em nota, que vê "indícios de crime militar" e que os dois estão presos. Outros quatro policiais que teriam facilitado o crime vão responder ao processo na Justiça Militar. Todos correm o risco de ser expulsos da PM. Entre janeiro e maio de 2015, 109 policiais foram obrigados a deixar a corporação
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