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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Polícia investiga conduta de guarda que atirou em jovem em Atibaia, SP

Caso aconteceu perto de festa de carnaval; jovem ficou paraplégico. 
Prefeitura diz que jovem tentou fugir, mas advogado da vítima nega versão.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Tiros atingiram bataria e vidro do carro. (Foto: Arquivo Pessoal / Edevaldo de Oliveira)
A Polícia Civil investiga a conduta de um guarda municipal que baleou um jovem, de 25 anos, durante uma abordagem próximo ao local onde acontecia uma festa de carnaval, emAtibaia, no interior de São Paulo. A vítima, o operário Cássio Dias Perazzo, ficou paraplégico.
O caso aconteceu na noite do último dia 16. De acordo com a versão da prefeitura, responsável pela guarda municipal, o jovem, que estava acompanhado de uma adolescente, teria resistido a uma abordagem e tentado fugir do local, jogando o carro contra o guarda.
Para a administração municipal, o guarda agiu em 'legítima defesa'. Membros da corporação estavam nas imediações de um centro de convenções onde o jovem foi abordado, averiguando denúncias de arrombamento de veículos.
O advogado do jovem, Edevaldo de Oliveira, desmente essa versão da prefeitura. Ele nega que o operário tenha tentado fugir da abordagem e contou que a adolescente que acompanhava o operário no carro era a irmã dele.
“Ele e a irmã contaram que tinham acabado de estacionar o carro quando um guarda chegou sozinho do lado do passageiro e com uma lanterna bateu no vidro dizendo que era policial e que o local não era motel. Ele deu a volta no veículo enquanto Cássio abaixou o vidro e pediu calma, em seguida o guarda atirou duas vezes”, disse. 
A unidade informou na tarde desta sexta-feira (20) que o quadro da vítima é estável e sem previsão de alta. O ferimento do tiro causou paraplegia.
Paraplégico
Segundo o boletim de ocorrência, os tiros atravessaram o vidro e a lataria do carro. Um dos tiros atingiu a coluna do jovem, que foi levado para o Hospital Novo Atibaia.

O padrastro do jovem e pai da adolescente, Lauro Bento da Silva, que é guarda municipal de Bragança Paulista, questiona a ação do guarda em Atibaia. "A abordagem foi absurda sem nenhum critério. Eles disseram que atiraram, pois acharam que a menina estava sendo estuprada, sem saber que eles são irmãos. De qualquer forma não há justificativa para esta ação que só mostra o despreparo do guarda”, afirmou.
Investigação
O local da ocorrência, o veículo, a arma e a munição foram submetidos a exame pericial e a polícia planeja uma reconstituição do caso. De acordo com a Polícia Civil, a vítima ainda não prestou depoimento.

O caso foi registrado como resistência, no caso do jovem baleado, e tentativa de homicídio, por conta do tiro disparado pelo guarda contra o operário. No carro de Perazzo, nada de ilícito foi encontrado e, segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais.
Em nota, a Prefeitura de Atibaia informou que, até a conclusão das investigações, o guarda municipal permanecerá afastado das atividades com arma de fogo e realizará somente serviços administrativos. O guarda municipal envolvido na ação não foi localizado para comentar o caso.
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