Policial foi um dos 3 detidos em Franca nesta sexta-feira após investigações.
Há 15 dias, suspeito de chefiar grupo foi preso com R$ 100 mil em produtos.
Do G1 Ribeirão e Franca
Três homens, entre eles um policial militar, foram presos nesta sexta-feira (27) suspeitos de integrar uma quadrilha que comercializava anabolizantes em Franca(SP). Segundo o delegado Leopoldo Novaes, além de um PM em ativa, o dono de uma loja de suplementos e seu funcionário participavam do esquema ilegal há oito meses.
A venda foi revelada com a prisão em flagrante do suspeito de chefiar a quadrilha, em 11 de fevereiro. O dono de academia de 29 anos foi encontrado com 940 comprimidos de estimulante sexual e 300 ampolas de anabolizantes, produtos que foram avaliados em R$ 100 mil.
O PM foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes em São Paulo e será alvo de um processo administrativo, informou a corporação. Os outros dois foram encaminhados para a Cadeia Guanabara, em Franca, local onde já está o suposto articulador do esquema.
Investigações
De acordo com Novaes, dois integrantes da quadrilha ficavam em São Paulo atuando como fornecedores dos produtos, enviados para Franca por ônibus ou por correspondência. Os anabolizantes apreendidos tinham diferentes origens, como Paraguai, México e Índia.
A loja de suplementos em Franca, segundo o delegado, era usada como ponto de venda e aplicação dos anabolizantes. Em meio às investigações, a Polícia Civil chegou aos três suspeitos presos nesta sexta-feira.
“Para deixar de se expor, ele [chefe] colocou três revendedores. Assim, eles comercializavam os anabolizantes e repassavam o dinheiro para o líder, que, por sua vez, lavava o dinheiro em contas bancárias”, disse Novaes.
Novaes explicou ainda que o policial militar detido era responsável pela segurança do grupo, por passar dados confidenciais da corporação para o chefe da quadrilha e aplicar os produtos.
“Teve um caso específico em que ele aplicou o anabolizante errado e, mesmo sabendo disso, continuou aplicando, colocando em risco vidas. Além disso, ele passava informações sigilosas para o líder, pesquisando placas de veículo e antecipando possíveis abordagens”, afirmou.
O delegado pediu a prisão preventiva dos quatro suspeitos, que responderão por lavagem de dinheiro, por atentar contra a saúde pública e por integrar organização criminosa. O policial militar também responderá por violação de sigilo funcional.
Além de solicitar as detenções, a polícia pediu o bloqueio das contas bancárias de todos e a quebra do sigilo telefônico de outras pessoas investigadas.
Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que, após o crime ser registrado no 3º Distrito Policial de Franca, o PM foi recolhido ao Presídio Militar Romão Gomes e que será instaurado um processo administrativo contra ele.
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que, após o crime ser registrado no 3º Distrito Policial de Franca, o PM foi recolhido ao Presídio Militar Romão Gomes e que será instaurado um processo administrativo contra ele.
