GUARDA MUNICIPAL ASSOCIE-SE

GUARDA MUNICIPAL ASSOCIE-SE
CLIQUE E ACESSE A FICHA DE INSCRIÇÃO

Seguidores

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Policiais investigados por extorsão também agiam na região de Jundiaí


De acordo com o Gaeco, eles exigiam dinheiro de traficantes.
Parte da quadrilha está presa.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

As investigações do Ministério Público mostram que policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) suspeitos de extorquir dinheiro de traficantes de Campinas (SP) também agiam na região de Jundiaí (SP). De acordo com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os policiais exigiam R$ 40 mil de um traficante deVárzea Paulista (SP) para deixar ele solto nas ruas.
Foram mais de seis meses de investigação. Horas de gravação com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça que mostram um esquema criminoso envolvendo policiais do Denarc, um dos departamentos mais importantes da Polícia Civil de São Paulo. O alvo da investigação dos promotores do Gaeco era Wanderson de Paula Neto, o Andinho. Um dos crimonosos mais perigosos do País e que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Wenceslau (SP). De dentro da cadeia, ele ainda comandava o tráfico na região de Campinas e fala quanto pagou nos últimos seis meses de proprina para os policiais. "Só do final do ano pra cá, o moleque perdeu mais de dois milhões pros caras".
Mas não eram só os traficantes de Campinas que sofriam com as ações dos policiais da capital. Há dois meses, os investigadores prenderam um homem procurado pela Justiça em Jundiaí. Ele foi levado para o Denarc, na capital, de forma clandestina e para ser solto foi exigido um resgate.
Clayton Schmidt de Araújo, conhecido como Bornai, tinha prisão preventiva decretada a pedido do Gaeco numa investigação envolvendo a quadrilha que age dentro e fora dos presídios. Bornai era considerado foragido.

Quatro pessoas que entregariam dinheiro num posto de combustíveis na Rodovia dos Bandeirantes, em Jundiaí, foram presas por policiais militares do Tático Ostensivo Rodoviário (Tor), que desconfiaram da atitude deles. "Eles disseram que estavam em conjunto e o dinheiro, em tese, seria uma recompensa da recolha do dinheiro do tráfico na região de Jundiaí e que havia sido solicitado, em tese, pelos policiais civis que estavam em poder, haviam sequestrado um suposto líder do tráfico em Jundiaí, e haviam exigido essa quantia em troca da liberdade do cidadão", contou o Tenente Alexandre Terual, da Polícia Rodoviária.A transcrição de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostra que os comparsas do criminoso falam sobre a extorsão. Na conversa, Clayton Schmidt é chamado de jogador e R$ 40 seriam R$ 40 mil, o valor do resgate. Clayton foi mantido dentro do carro da polícia, na porta do Denarc, enquanto a negociação do pagamento ocorria com parte do bando.

As quatro pessoas e o dinheiro foram levados para a Corregedoria da Polícia Civil de Campinas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, dos trezes policiais investigados pelo Ministério Público, oito permanecem custodiados, dois em liberdade pro força de cumprimento de alvará de soltura e três ainda não foram localizados.
  •  
Os policiais suspeitos foram encaminhados para a corregedoria da polícia. (Foto: Reprodução/TV Tem)Os policiais suspeitos foram encaminhados para a corregedoria da polícia. (Foto: Reprodução/TV Tem)
Google Analytics Alternative