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quinta-feira, 10 de março de 2011

Guarda Municipal é assassinado em Rio das Ostras e categoria protesta

O Guarda Municipal José Carlos Werneck, de 25 anos, foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 8, com dois tiros, um na cabeça e um no tórax. Segundo o delegado adjunto da 128ª DP em Rio das Ostras, Avelino da Costa, o assassino está foragido, mas já foi identificado. O crime aconteceu no Centro da cidade enquanto Werneck tentava apartar uma briga entre dois homens. O GM tentou imobilizar o rapaz, identificado como João Paulo, quando ele sacou uma arma e disparou quatro tiros. Werneck foi levado ao hospital ainda com vida, mas faleceu durante uma cirurgia. O assassino está foragido.

A morte de Werneck, que trabalhava há seis anos na Prefeitura, causou uma grande mobilização do efetivo da Guarda Municipal, que fez uma passeata em silêncio até a delegacia e protestou por melhores condições de trabalho já na sede da secretaria de Ordem Pública e Controle Urbano. Mais de 100 guardas participaram da manifestação. Durante o protesto, os guardas pediram pela saída do secretário de Ordem Pública e Controle Urbano, o coronel Sérgio Pinto e exigiram a presença do prefeito Carlos Augusto no local.

“Estamos reivindicando mais organização do trabalho, para que não sejamos prejudicados. Hoje dois guardas são escalados para o fechamento de uma rua durante o carnaval, num lugar onde deveriam ter cerca de 30 guardas, porque são mais de 100 mil pessoas”, disse um Guarda Municipal. A Secretaria de Ordem Pública e Controle Urbano conta com um efetivo de aproximadamente 400 homens.
De acordo com os Guardas Municipais, os Gms fazem ronda nos bairros e atuam em um trabalho que deveria ser feito pela Polícia Militar. “Nossa função é tomar conta do patrimônio público e não atuar como policiais. Nós não andamos armados”.
Um Guarda Municipal que não quis se identificar se disse indignado com a situação imposta para os funcionários, já que a GM é uma guarda patrimonial e que devido ao aumento da demanda na população acabam exercendo funções que não cabem a GM. “Nossa prioridade é educação no trânsito, é a orientação e não o policiamento ostensivo. As pessoas acabam confundindo nossa função com a da PM e hoje esse é um dos nossos maiores problemas. O secretário precisa se posicionar”, destacou o servidor.

O coronel Pinto se propôs a conversar com uma comissão de sete funcionários que foi formada para levar até ele os problemas encontrados na GM. “Vamos ouvir as reivindicações e se forem possíveis de serem implantadas, nós faremos”, frisou o secretário. Para Pinto, os guardas não atuam como policiais, mas complementam o serviço que é de obrigação do Estado.
Quanto a armar a guarda, o secretário afirmou ser contra, mas disse que isso pode acontecer como em outros municípios, devido ao grande aumento populacional. Mas Pinto garante, que em casos como o de Werneck, a arma não garantiria a segurança do guarda em relação ao assassino.
PARALISAÇÃO- Em função da manifestação, todos os postos de trabalho foram abandonados pelos guardas municipais que só se prontificaram a retornar se a conversa com o coronel fosse positiva. O enterro de Werneck foi no município de Cantagalo nesta quarta-feira, 9, e dois ônibus e algumas vans levaram guardas para a cidade.
INVESTIGAÇÃO- O delegado disse que já ouviu seis testemunhas e que ainda vai pedir ao juiz de plantão para que expedisse o mandado de prisão para o assassino. Costa explicou que vai ouvir outras testemunhas para complementar a investigação. Segundo ele, o GM agiu de maneira correta ao tentar conter a briga.

Extraido de : Rádio Globo Macaé
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