A Guarda Municipal de Aracaju pode ter um concurso público para a categoria. O Sindicato dos Guardas Municipais de Aracaju (Sigma) deve se reunir hoje com representantes da prefeitura para confirmar a informação. Quando foram avisados de que a categoria poderia ter alguns benefícios implantados, como estruturação da carreira e melhoria salarial, os guardas municipais chegaram a cancelar uma manifestação que seria realizada na manhã de ontem, no centro de Aracaju.
O presidente do Sigma, Ney Lúcio dos Santos, disse que após ter conhecimento da situação foi até a sede da prefeitura, mas foi informado de que não poderia ser atendido ainda na terça-feira. “Se essas informações forem verdadeiras, será muito importante para a categoria e para a população, que está sofrendo por conta da falta de estrutura”, afirmou Ney Lúcio.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Aracaju, a categoria possui um déficit de 2 mil profissionais, o que tem dificultado o trabalho dos guardas. “Precisamos de um concurso público em caráter de urgência. A Guarda Municipal conta hoje com um efetivo de somente 170 homens, o que acaba servindo como justificativa para a falta de crescimento do órgão”, declarou.
Ney Lúcio cita uma série de funções de competência da GMA que não têm sido desempenhadas por conta do efetivo reduzido. “A Guarda Municipal tem uma divisão de salva-vidas que poderia ajudar o Corpo de Bombeiros nas praias e uma divisão de meio ambiente para combater crimes e contravenções ambientais, mas não são ativadas por falta de efetivo. Queremos ir às ruas e oferecer mais segurança à população, atuando, por exemplo, na luta
contra o crack”, afirmou.
Em outubro, o Sigma acionou o Ministério Público de Sergipe para reforçar a cobrança por um concurso público para a Guarda Municipal. O sindicato juntou aos autos do procedimento no MP informações sobre a agressão sofrida por uma funcionária pública em um posto de saúde, que poderia ter sido evitada, na visão do Sigma, com a presença de um guarda municipal no local. O comando da GMA informou, na ocasião, que três guardas faziam a segurança no local, mas não tiveram como agir durante a agressão.
O comando da Guarda Municipal de Aracaju também já negou que as divisões de meio ambiente e salva-vidas estivessem desativadas. O major Edênisson Paixão, comandante da GMA, disse que a Guarda pode prestar esses serviços quando for necessário e houver efetivo disponível, mas que não são necessariamente atribuições do órgão. “São atividades que a Guarda Municipal de Aracaju podem desenvolver”, declarou.
Fonte:Jornal da Cidade
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